No Champa Ling, o maior monastério Gelukpa, na vila de Chamdo no leste do Tibet, sudoeste da China, começou na manhã de quinta-feira o Cham, um ritual religioso anual para exorcizar os demônios e orar por bênçãos.
Vestidos com trajes de brocado tradicionais, sacerdotes mascarados no monastério de 500 anos de história dançaram ao som de tambores na presença de devotos seguidores do budismo. Muitos peregrinos chegaram antes do amanhecer em busca de um bom lugar para assistir à cerimônia sagrada.
Na capital regional de Lhasa, a 1.300 quilômetros de Chamdo, também começou no mesmo dia um grande Festival Sera Bengqin no Monastério Sera.
Cerca de 70 mil fiéis do budismo tibetano se reuniram no monastério para celebrar o evento tradicional, prelúdio da celebração do Ano-Novo Tibetano, ou Losar em tibetano, que este ano cai em 11 de fevereiro.
Às 11h, os fiéis que esperavam ser felicitados pelo tesouro do monastério, Doreje Phurba, formavam uma fila que se estendia por três quilômetros.
Os tibetanos acreditam que o instrumento sagrado, enterrado primeiro por Padma Sambhava, o mestre indiano que trouxe o budismo esotérico ao planalto há 1.300 anos, pode trazer boa sorte e impedir desastres.
Embora o ritual normalmente dure apenas 24 horas, os sacerdotes não descansarão até que todos os devotos tenham sido abençoados, disse Tashi Gyaltsen, um dos sacerdotes.
Uma fila rápida foi reservada para os idosos, doentes, portadores de deficiência e crianças para reduzir seu tempo de espera, acrescentou ele.
por Agência Xinhua