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Sobrevivente de auto imolação em Gansu se arrepende de ação
  2013-02-01 18:04:18  cri

A zona autônoma da nacionalidade Zang, da província de Gansu, noroeste da China foi palco de vários atos de auto imolação em 2012. Segundo a lei chinesa, ajudar a prática é homicídio intencional. Atos como instigar, induzir ou forçar a auto imolação serão punidos. A justiça de Gansu sentenciou nessa quinta-feira (31) um dos casos desses.

Sangda, tibetano que mora no distrito Xiahe, na zona autônoma da nacionalidade Zang de Gannan, é sobrevivente de uma auto imolação. No dia 2 de dezembro de 2012, Sangda molhou sua roupa com gasolina e ateou fogo. Não resistindo às dores, ele acabou por tirar a roupa. Depois de internado durante mais de 40 dias, Sangda foi salvo. No hospital, encontramos este jovem que acabou de celebrar o 18º anversário. Ao relembrar o motivo de seu ato, Sangda relatou:

"Vi um vídeo sobre imolação no site da rádio Voz da América. Fui muito impulsivo naquela altura. Achei que seria um herói, mas agora entendi que fui um idiota. O que espero agora é ter pernas artificiais depois de sair do hospital."

De herói a idiota, eis os sentimentos que Sangda escreveu em seu caderno ao saber que precisa ser amputado devido à grave queimadura. Ele é filho e neto único e pai de um bebê de dez meses. A mãe de Sangda confessou:

"Ao saber disso, o meu coração ficou gelado. Estava muito triste. Assim que ele puder voltar à família, não me importo quanto sofrimento vou passar."

Outros que praticaram o mesmo ato não tiveram tanta sorte como Sangda. Ao mesmo tempo que perderam a oportunidade de voltar a casa, quebraram o coração de suas mães, que esperam pelo regresso dos filhos.

Quais são as razões para a repetição de tragédias como essas? A polícia da província de Gansu descobriu as pessoas que incentivam as imolações. De acordo com as investigações, os atos foram organizados pela associação dos jovens tibetanos do grupo de Dalai Lama, residente no exterior. Depois das ações, os criminosos divulgaram na internet notícias e fotos, divulgando as proezas dos imoladores para tibetanos, levando jovens como Sangda a um caminho sem volta.

Uma outra pessoa que praticou a auto imolação foi Zhang Kecao. Ela terminou sua vida no dia 7 de agosto de 2012, na cidade Hezuo, ao derramar a gasolina sobre o corpo e atear fogo. Zhang tinha uma deficiência na sua perna esquerda e havia sido xingada e agredida pelo marido. Alguns dias antes, foi diagnosticada com doenças crônicas. A vida infeliz e os incentivos dos criminosos a levaram ao suicídio.

O monge Chophel, do templo Hezuo, chegou ao local da imolação e tirou várias fotos em vez de resgatar a vítima, que ainda estava viva, divulgando logo na rede social chinesa. Chophel reconheceu:

"Na altura, ela ainda tinha respiração apesar de não poder falar. Usei meu celular e tirei fotos. Divulguei quatro destas pelo Weixin, uma rede de telecomunicação muito usada na China."

Logo depois, as quatro fotos que Chophel tirou apareceram em 17 sites estrangeiros. Zhang Kecao tornou-se ferramenta de divulgação mas perdeu a chance de ser salva.

Chophel é um dos que passaram as fotos na internet. Por trás do ato, estão incentivos descarados.

Sogzangtsang é buda vivo que mora no antigo templo Hezuo, em Gannan. Ele sentiu muito pelos auto imoladores.

"A auto imolação é contra a doutrina religiosa do budismo tibetano. Segundo os sutras budistas, os que praticam não podem ser reincarnados. Agora as atividades religiosas na zona tibetana estão normais, sem a interferência desses poucos imoladores."

Enquanto o buda fala, lá fora do pavilhão, começam a tocar músicas e lamas do templo começam a dançar para celebrar o ano novo do calendário budista que está chegando. Diferente daqueles monges que instigaram a auto imolação e causaram a morte dessas pessoas, os lamas dançam para pedir a colheita e a boa saúde do povo.

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