A secretária de Estado norte-americano, Hillary Cliton, disse que as ilhas Diaoyu estão dentro do controle administrativo do Japão, por isso, é aplicável o Tratado de Segurança EUA-Japão. Análises feitas por alguns veículos de comunicação apontam que tal declaração é um alerta indireto para a China. Diante disso, o porta-voz da chancelaria chinesa, Qin Gang respondeu que o discurso de Hillary não respeita os fatos nem distingue o correto do errado. Para alguns especialistas chineses em assuntos militares, a China vai seguir em frente na questão da soberania e jamais recuará, independentemente de que meio o Japão e os EUA vão tomar.
Hillary Cliton, que logo se despedirá do cargo de secretária de Estado, emitiu há dias discursos contra qualquer comportamento unilateral que prejudique a administração japonesa sobre as ilhas Diaoyu, os quais foram interpretados de forma entusiasmata pela mídia japonesa como a oposição clara adotada pela primeira vez por funcionários americanos contra a entrada da China nas ilhas Diaoyu. Os veículos de comunicação americanos também entenderam que se trata de um alerta indireto para a China.
A especialista chinesa sobre assuntos militares, Liang Fang destacou que a posição de Hillary é como colocar gasolina no fogo. Porém, ela salientou que os EUA nunca declararam que o Japão possui soberania sobre Diaoyu.
A especialista Liang Fang analisou assim a situação:
"As diversas declarações dos EUA nunca dizem que as ilhas Diaoyu são territórios do Japão, ou seja, que o Japão possui soberania nestas regiões. Tanto em ocasiões oficiais quanto informais ou em documentos, se declara apenas que é aplicável o controle administrativo em Diaoyu. Apesar dos esforços do Japão, Hillary não manifestou que o Japão possui a soberania, o que se trata de um golpe contra o Japão."
Liang Fang apontou que o Japão atingiu, de qualquer jeito, sua meta nessa primeira fase. No futuro, o país vai tentar experimentar outras formas para se aproximar dos EUA e das nações vizinhas. Liang alertou que a China deve conscientizar do papel que os EUA têm nas questões Diaoyu. Ela disse:
"Os EUA não querem intervenção plena nas questões Diaoyu. Eles querem seu próprio interesse e não se comprometeram integralmente com o Japão. O que eles querem realmente é discutir a questão de Diaoyu com base no núcleo da aliança EUA-Japão. É um assunto dos dois países, mas é necessário a voz dos EUA. Ao mesmo tempo, os EUA não querem romper com a China o relacionamento alcançado, almejando uma restrição mútua entre a China e o Japão nesta questão. Eis a ideia estratégica dos EUA."
Segundo Liang, em 2013, a China continua enfrentando desafios severos vindos das regiões vizinhas, nomeadamente do setor de interesses marítimos. As questões de soberania sobre as ilhas no mar do Leste e do Sul, a exploração de recursos, a divisão fronteiriça poderiam voltar a surgir. A China precisa manter-se alerta, já que o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe visitou três países do Sudeste Asiático para procurar uma aliança contra a China e conter a influência marítima chinesa. Liang concluiu:
"A visita do Shinzo Abe aos três países do Sudeste Asiático não produziu efeito positivo. Nenhum destes países manifestou a vontade de cercar a China e se juntar ao Japão. De qualquer maneira, o Japão quer um cerco para enfrentar a ascensão estratégica chinesa do caminho ao mar. Por isso, devemos manter alta alerta nesta questão."
Apesar de um futuro cheio de desafios e dureza, nos olhos de Liang Fang, a China jamais cederá na questão da soberania e continua caminhando para frente ao invés de recuar.