Cinco cientistas estrangeiros receberam nessa sexta-feira (18), em Beijing o prêmio de cooperação internacional de ciência e tecnologia e foram condecorados pelo governo chinês no Palácio do Povo. São eles, o químico Richard N.Zare e o paleoclimatólogo Lonnie G.Thompson, dos Estados Unidos, o nanocientista da Dinamarca, Flemming Besenbacher, o especialista em acelerador de partícula do Japão, Shin-ichi Kurokawa e o psiquiatra canadense, Michael R.Phillips.
"O prêmio de cooperação, tal como o próprio nome expressa, é resultado da parceria dos pesquisadores chineses e japoneses. Apesar de ter sido concedido para mim, ele pertence a todos que participaram da cooperação e disponibilizaram o apoio."
Foi assim que o professor japonês expressou seu entendimento sobre a honra recebida.
Nascido em 1945 na China, Shin-ichi Kurokawa é um especialista de renome internacional na área de acelerador de partícula. Desde os anos 80 do século passado, ele já visitou mais de 60 vezes a China e tem promovido o intercâmbio e cooperação entre os dois países neste segmento. O cientista chinês, Zhang Chuang mantém a parceria com Shin-ichi há muitos anos. Zhang reconheceu que o desenvolvimento tecnológico nos últimos 30 anos conta com o apoio dos amigos internacionais como Shin-ichi.
"Por um lado, os avanços tecnológicos devem-se à reforma e abertura da China e à atenção e apoio atribuído pelo governo para a ciência. Por outro, aprendemos bastante com amigos internacionais através da ajuda e do apoio deles."
Zhang destacou que além de receber ajuda, a China também compartilha com colegas japoneses tecnologias como recolhimento de dados e sistema de processamento.
O paleoclimatólogo, Lonnie G.Thompson é o pesquisador pioneiro sobre a reconstrução do clima antigo no núcleo de gelo montanhoso e já obteve grandes êxitos. Ele elogiou o investimento dado pelo governo chinês na cooperação internacional.
"Na minha opinião, a China atinge um nível muito alto na pesquisa de geleiras e clima antigo. Aprecio o gigantesco investimento dedicado pelo governo chinês na área científica. A China dá apoio tanto para formação de especialistas quanto para o estabelecimento de laboratórios científicos. Graças a isso, obtive muitas oportunidades de pesquisa nos últimos 28 anos e consegui resultados positivos."
Desde 1995 até hoje, um total de 79 cientistas estrangeiros e uma organização internacional receberam o prêmio de cooperação internacional da China. Eles promoveram os avanços tecnológicos, aumentaram a parceria e amizade e contribuiram para a causa científica e tecnológica da China. Para o cientista chinês Zhang Chuang, os trabalhos que eles fizeram com colegas e instituições chineses provaram a ideia de que a ciência não tem fronteira.
Zhang explicou:
"As pesquisas científicas não visam os interesses próprios dos cientistas, nem de um país, mas sim de toda a humanidade. Por isso, nesse sentido, a ciência não tem fronteira."