Os chanceleres da União Europeia (UE) aprovaram nesta quinta-feira (17) uma resolução, para enviar um grupo militar para o Mali, a fim de treinar e reorganizar o exército do país. O documento estipulou que o grupo não pode participar diretamente da ação militar.
De acordo com o documento, o prazo da primeira etapa de treinamento militar é definido em 15 meses. O grupo conta com 450 membros, incluindo 200 consultores militares, técnicos e tropas de segurança.
O chanceler francês, Laurent Fabius, afirmou que os participantes da reunião mostraram uma atitude positiva para com o governo do Mali. Fabius revelou que a França e alguns outros países membros estão a considerar o envio de tropas para o Mali para apoiar a ação militar francesa. No entanto, ele não revelou quais são esses países.
A alta representante para a diplomacia e política de segurança da UE, Catherine Ashton, afirmou que a UE aplaudiu a ação militar da França. Ela reiterou que o país não está lutando sozinho, muitos integrantes da UE querem apoiar as forças francesas, não excluindo a possibilidade de um apoio militar.
O ministro da Defesa Nacional da França, Jean-Yves Le Drian, lembrou que o caso de sequestro na Argélia demonstra que a decisão tomada pela França é correta. Ele acrescentou que a ação da França se realiza a pedido do presidente do Mali e obedece à Carta da Organização das Nações Unidas.
A porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, declarou no mesmo dia que os profissionais para treinamento militar norte-americanos já partiram para os países africanos que planejam mandar suas tropas para Mali.
O presidente executivo da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS) e presidente de Costa do Marfim, Alassane Ouattara, pediu ontem (17) que a comunidade internacional possa apoiar a ação da França contra as forças armadas de oposicionistas no norte do Mali, a fim de restaurar a integração territorial do país.
Tradução: Xie Haitian Revisão: João Pimenta