Em dezembro do ano passado, a Comissão Européia declarou a investigação sobre o aço de revestimento orgânico produzido na China, devido ao apoio do governo chinês para que os produtores do país possam comprar matéria-prima a um preço baixo. Assim, a Comissão Européia identificou a ação como oferecimento de subsídios ilegais, além de sugerir a cobrança de taxa alfandegária anti-subsídio de 52% para o produto chinês exportado para a União Européia.
O porta-voz do Ministério do Comércio da China Shen Danyang destacou que empresas e governo chinês cooperaram com a investigação da Comissão Européia e providenciaram grande quantidade de documentos e materiais de resposta. Ainda assim, a Comissão Européia decidiu aplicar ações anti-subsídio e anti-dumping aos produtores de aço, o que prejudicará os interesses legais das empresas chinesas.
"A China já rebateu as acusações da Comissão Européia e exigiu respeito às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Queremos que a Europa respeite a verdade e as provas, cancele as decisões irracionais e ponha fim à investigação. Estamos atentos ao progresso deste caso e reservamos o direito sob o quadro legítimo da OMC."
Analistas assinalaram que o caso mostra a tendência de protecionismo comercial no contexto da desaceleração econômica global. O comércio exterior registrou um crescimento anual de 6,2% em 2012. Mesmo inferior a 10%, meta definida no início do ano passado, esta cifra foi a melhor entre as principais economias. Além disso, a ocupação do comércio chinês no mercado internacional em 2012 ultrapassou 11%, um aumento de 0,61%.
O porta-voz do Ministério do Comércio da China declarou que, em geral, a situação do comércio exterior da China em 2013 será difícil.
"Vejo os dados de imprensa e institutos, indicando uma melhor situação do comércio exterior em 2013. O Ministério não está muito otimista. Nosso objetivo, segundo decisão da Reunião Central da Economia, é que o crescimento do comércio exterior mantenha a mesma velocidade que o crescimento do Produto Interno Bruto. O país busca também uma maior participação no comércio global."
Segundo dados revelados pelo Ministério do Comércio da China, o país recebeu menos investimento estrangeiro no ano passado, uma queda de 3,7% em relação ao ano anterior. O porta-voz Shen Danyang destacou que o governo chinês continua estimulando e elevando o nível e a qualidade do investimento estrangeiro.
"A China foi quem recebeu mais investimento estrangeiro entre os países em desenvolvimento nos últimos vinte anos. Isso revela que as empresas multinacionais estão confiantes no ambiente chinês. Em 2013, vamos manter a estabilidade das políticas e o volume total de investimento estrangeiro. Nesses dois fundamentos, queremos elevar o nível e a qualidade do investimento estrangeiro."
Tradução Xia Ren
Revisão Luiz Tasso Neto