Segundo dados divulgados hoje (10) pela Alfândega Geral da China, o volume das importações e exportações do país cresceu no ano passado, 6,2%, abaixo da meta de 10%, estabelecida no início do ano. Apesar disso, o porta-voz do órgão chinês, Zheng Yuesheng, disse que o comércio chinês teve um bom comportamento entre as principais economias do mundo. Segundo ele, o empenho do país para estabilizar o comércio está surtindo efeitos, e a situação em 2013 vai continuar melhorando.
O comércio da China atingiu em 2012, US$ 3,87 trilhões. As exportações cresceram 7,9%, e as importações, 4,3%. O superávit atingiu o valor de US$ 231,1 bilhões. Zheng Yuesheng falou dos motivos por que o ritmo de crescimento das importações e exportações do país não atingiu a meta prevista.
"Houve uma redução da demanda no mercado exterior. O aumento do custo de produção na China baixou também a competitividade dos produtos chineses. O protecionismo comercial que tomou muitos países agravou também a situação. Além disso, a demanda interna chinesa vem diminuindo."
A União Europeia (UE) continuou sendo em 2012, o maior parceiro comercial da China. Os Estados Unidos se tornaram o maior mercado para as exportações chinesas, substituindo a UE. Hong Kong passou a ser o 4º maior parceiro comercial da parte continental chinesa, substituindo o Japão, que ficou em 5º lugar. O comércio entre China e Japão diminuiu 3,9% no ano passado. Zheng Yuesheng comentou o fato.
"Em 2012, houve um recuo no comércio com a União Europeia e o Japão. A situação severa enfrentada pelas duas economias afetou seus comércios com a China. A disputa na ilha Diaoyu entre China e Japão também provocou certos impactos negativos."
Sobre a perspectiva do comércio do país em 2013, Zheng Yuesheng disse que os fatores que contêm o crescimento das importações e exportações do país continuarão a ter impacto, mas algumas notícias podem favorecer uma retomada no aumento do comércio do país neste ano.
"O comércio com o exterior pode retomar uma trajetória positiva em 2013. Prevemos que o ritmo de crescimento deste ano possa ser um pouco mais alto do que o registrado no ano passado. Continuaremos enfrentando fatores desfavoráveis como a insuficiência da força motriz para a recuperação da economia global, a baixa demanda no mercado exterior, o aumento no custo de produção no mercado interno, bem como o protecionismo comercial. Ao mesmo tempo, devemos levar em consideração certas mudanças positivas. Por exemplo, políticas de incentivo anunciadas pelas principais economias do mundo podem ajudar a parar a desaceleração do aumento da economia global. Medidas anunciadas pelas autoridades chinesas para promover o comércio com o exterior podem surtir efeitos de forma gradual."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: João Pimenta