Apesar das muitas medidas já tomadas, os gastos dos pacientes com consultas médicas e medicação não foram reduzidos. Foi o que disse hoje (7) o ministro chinês da Saúde, Chen Zhu, numa reunião nacional de trabalho. Para Chen, o país precisa se esforçar para baixar as despesas da população nesta área. Ouça a reportagem sobre o tema.
Para a maior parte dos chineses, ir ao médico significa gastar uma fortuna. Desde 2009, o país lançou uma série de reformas no sistema de saúde. Uma das metas é mudar essa situação. Na reunião de hoje, o ministro chinês Chen Zhu reconheceu, no entanto, que o problema não foi resolvido com a reforma.
"Apesar de termos tomado várias medidas, a subida nos gastos para consultas médicas e medicação não foi controlado, afetando diretamente os efeitos da reforma médica do país. O problema tem de ser resolvido."
Atualmente, a China possui uma maior rede de seguro médico, cobrindo 95% da população. Em 2008, a percentagem era de apenas 87%. Segundo Chen, os chineses pagam em média, 50% dos gastos médicos. Segundo o programa do governo chinês, a proporção deve cair para 30%, até 2015.
"O 12º Programa Quinquenal do país planeja baixar as despesas para o paciente para menos de 30% do gasto total. Para isso, a questão chave reside na restrição do uso de remédios e tecnologia que estão fora da lista dos itens cobertos pelo sistema de seguro médico."
Chen revelou também que o país deverá ampliar a cobertura do pagamento via sistema de seguro médico. O ministro chinês apontou ainda que os altos preços dos remédios constituem um outro fator que contribui para o aumento da despesa da população no tratamento de doenças e nos cuidados da saúde. Para Chen, a subida nos preços e o grande custo da logística causaram não somente o desperdício de recursos médicos, mas também aumentaram o risco do deficit do fundo do seguro médico do país. A China irá promover o sistema da aquisição coletiva de remédios, com o fim de restringir ao máximo os preços dos itens médicos. As autoridades de saúde publicarão em breve a lista dos remédios básicos recomendados para a prescrição. O número deve ser ampliado para 520 itens. Após isso, as instituições de saúde de diferentes escalões devem definir a percentagem do uso desses remédios básicos.
"As instituições de saúde de nível elementar devem usar somente os remédios que estão na lista. Nos hospitais de porte médio, o uso deve ser entre os 40% e 50%, e nos hospitais de primeira classe, entre 25% e 30%."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: João Pimenta