O ano 2012 está sendo chamado de "primeiro da era dos porta-aviões" da China pelos entusiastas militares do país. Neste ano, o "Liaoning", a primeira embarcação chinesa do tipo chegou ao porto. Logo depois, o país realizou com sucesso a primeira aterrisagem e decolagem do jato J-15 no porta-aviões. O aumento da força marítima é o destaque da defesa nacional e da construção militar da China. O "direito marítimo" foi um dos temas mais discutidos pelos chineses neste ano.
O comissário político do "Liaoning", Meiwen, disse que a entrega da embarcação marca o grande avanço da capacidade de combate da Marinha chinesa.
"A entrega do porta-aviões Liaoning tem um papel muito importante na transformação estratégica, na elevação da capacidade integral de combate da Marinha chinesa, no reforço da defesa nacional e na proteção dos interesses do país em relação à soberania, segurança e desenvolvimento."
Mas o mais impressionante é que, apenas dois meses após a entrega do porta-aviões, o jato J-15, produzido independentemente pela China, passou com sucesso no teste de aterrisagem e decolagem na embarcação. O porta-voz do Ministério de Defesa da China, Geng Yansheng, explica as razões da China para desenvolver seu porta-aviões:
"O nosso objetivo de construir o porta-aviões não é ameaçar outros, nem iniciar uma corrida armamentista, mas para atender a necessidade de desenvolvimento socioeconômico, defesa nacional e construção do exército do país."
A entrega do "Liaoning" atraiu muita atenção da população chinesa. Recentemente, o direito marítimo do país se tornou um assunto bastante discutido. O tema "ilhas Diaoyu" está entre os mais "quentes" do ano. As ilhas Diaoyu, um arquipélago com uma área de apenas 6,5 quilômetros quadrados, atraíram a atenção da nação chinesa.
Peng é professora numa escola de Beijing. Ela disse à nossa reportagem que participou da votação na Internet sobre os "temas quentes", e escolheu "ilhas Diaoyu".
"Eu tenho acompanhado com muita atenção a situação das ilhas Diaoyu. Apesar de pequeno, é um território da China e não pode ser invadido de jeito nenhum."
No início de dezembro, a frota composta por cinco navios de guerra da China viajou às águas das ilhas Diaoyu para fazer patrulha. Esta foi a segunda ronda pela região desde outubro. O ato demonstra a firme determinação do exército chinês para garantir a soberania, integração territorial e o direito marítimo do país.
Atualmente, a China enfrenta ameaças de segurança nacional, de interferência no desenvolvimento e outras ameaças tradicionais e não tradicionais. Por esta razão, construir um exército forte, que corresponda à posição internacional e aos interesses fundamentais do país, é uma tarefa estratégica na modernização da China.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Luiz Tasso Neto