O Ministério do Comércio da China realizou uma coletiva de imprensa, nesta terça-feira (18) em Beijing, para apresentar a situação recente da economia chinesa. O porta-voz do Comércio, Shen Danyang, anunciou na coletiva que a utilização efetiva do investimento estrangeiro na China foi US$ 8,29 bilhões em novembro deste ano, uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período de 2011. Nos últimos seis meses, o investimento estrangeiro na China tem sido negativo.
O porta-voz do Comércio, Shen Danyang, apontou que o ritmo do crescimento da macroeconomia chinesa pode continuar sua recuperação. A China ainda possui vantagens comparativas sobre o uso de investimento estrangeiro. No entanto, o investimento global cresce devagar e o investimento foi dividido para outros países, após a crise financeira internacional. Ao mesmo tempo, o aumento de custo dos fatores domésticos na China também podem piorar a situação da utilização do investimento estrangeiro no próximo ano.
Recentemente, apareceram sinais significativos de recuperação econômica da China, mas o entusiasmo de investimento estrangeiro ainda é baixo. Sobre os motivos para essa situação, o diretor da Macro-pesquisa da China Merchants Securities, Xie Yaxuan, indicou que:
"Na minha opinião, têm duas razões. A primeira é que o investimento direto precisa tempo para analisar a situação do país-destino antes de investir na construção das fabricas ou no estabelecimento das companhias. Em segundo, a China superou a posição dos Estados Unidos, na primeira metade deste ano, e se tornou o maior país-destino de capitais do mundo. E devido às crises financeiras na Europa e nos EUA, o investimento para China deve aumentar junto com a recuperação do fluxo de capital internacional."
Sobre o consumo na China, os dados do Ministério do Comércio demonstram que o crescimento do setor foi 14,9% no mês passado. O aumento do consumo deste ano deve ser de 14,3%. Devido à pressão da queda do crescimento econômico interna e externa, a China enfrentará vários limites e pressão para ampliar o consumo doméstico.
Falando sobre a perspectiva do crescimento de consumo, Xie Yaxuan indicou que:
"Acreditamos que o consumo pode manter um crescimento estável em 2013. A demanda do consumo depende do rendimento da população e da perspectiva de renda a longo prazo. Então, acreditamos que a recuperação da economia e a concretização da segurança social podem promover o crescimento do consumo em 2013."
Além disso, segundo o relatório divulgado pelo Ministério do Comércio, o setor não-financeiro da China realizou um investimento de US$ 62,5 bilhões nos últimos 11 meses, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. O número significa que, no contexto de desaceleração do crescimento econômico, as empresas da China estão procurando oportunidades de investimento no exterior. Os investimentos chineses na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Estados Unidos, Rússia e Japão aumentaram de mais de 10%, no entanto, os investimentos para União Europeia e Austrália caíram cerca de 20%.
Tradução: Lucas Xu
Revisão: José Medeiros da Silva