A Conferência de Mudanças Climáticas de Doha entrou nesta segunda-feira (3) na fase final dos diálogos. As diversas partes protagonizaram algumas discussões tensas acerca da quantidade das emissões de gases poluentes a ser permitida a cada uma no futuro. Os esforços chineses em resposta às mudanças climáticas receberam vários elogios.
A secretária-geral do Secretariado Executivo da Convenção a Quatro da ONU sobre Mudanças Climáticas, Christina Figueres, afirmou ontem (3), durante o fórum sobre mudanças climáticas, que a China reduziu em 1,5 bilhões de toneladas a emissão de CO2 durante o 11º Plano Quinquenal. Para a responsável, a China desempenha um papel orientador na base das ações pragmáticas.
O presidente de Germanwatch, organização internacional de proteção ambiental, Klaus Milke, afirmou ter uma boa impressão sobre o desenvolvimento das energias não-poluentes na China. Segundo os dados divulgados pela Germanwatch, a emissão de carbono do PIB por unidade da China está diminuindo, o que é muito inspirador, considerou Milke.
Porém, alguns países desenvolvidos, como os EUA, exigem que a China assuma a mesma responsabilidade na redução da emissão de carbono. O responsável pela Climate Change Program, David Waskow, afirmou que os países desenvolvidos não devem ignorar a situação da China e o direito do país em se desenvolver. Ele acrescentou ainda que o princípio "responsabilidade comum mas diferenciada" deve ser respeitado.
O representante-chefe da União Europeia para negociação das mudanças climáticas, Artur Runge-Metzger, afirmou que a China desempenhou um papel construtivo e positivo durante a negociação do Protocolo de Kyoto e nesta conferência de Doha. A União Europeia vai manter o contato com a China para promover a negociação.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: João Pimenta