Desde o dia dez deste mês, as forças armadas da Palestina, chefiadas pelo Hamas, lançaram centenas de foguetes na região sul de Israel. Em resposta, as tropas israelenses desencadearam uma série de operações militares de grande envergadura contra as bases do Hamas, e outros alvos no território da Palestina. O conflito já deixou 72 mortos do lado da Palestina, enquanto mais de 900 foguetes atingiram Israel. O premiê israelense Benjamin Netanyahu declarou, nesse domingo, que as operações militares serão intensificadas. Enquanto isso, a comunidade internacional, e a população da Faixa de Gaza, desejam o cessar-fogo o mais cedo possível.
"Hamas e outras organizações terroristas irão pagar um preço elevado e as nossas tropas estão preparadas para intensificar as operações militares."
O premiê israelense Benjamin Netanyahu declarou assim, durante a reunião do gabinete israelense realizada neste domingo. Ele disse que até ao momento, Israel já atacou mais de mil alvos na Faixa de Gaza.
Até às 22h00 desse domingo, no horário local, 72 palestinos morreram vítimas de bombas lançadas pelas forças israelenses. Entre estes, mais de metade eram civis. Os caças israelenses iniciaram assim mais um ataque noturno, no domingo, e causaram mais de dez mortos, entre os civis. Mohamed é um cidadão palestino a residir na Faixa de Gaza. Em entrevista à CRI ele afirmou:
"A situação está piorando. As tropas israelenses iniciaram a segunda fase de ataques contra alvos civis. Não temos qualquer proteção. A Faixa de Gaza tornou-se uma cidade fantasma. Ninguém tem coragem de sair à rua."
Do lado de Israel, vive-se a mesma situação. No dia 16 o alerta aérea repercutiu pela cidade santa de Jerusalém. Foi o primeiro ataque vindo da Faixa de Gaza, desde 1970. O alerta aérea ainda repercutiu nas cidades do sul de Israel.
Um porta-voz da tropa israelense afirmou que as operações militares só irão terminar quando os ataques com foguetes terminarem.
"Acho que qualquer nação está no direito de proteger sua população de ataques com foguetes. Sofremos muitos anos e mostramos muita contenção. Agora temos alvos bem definidos para as operações militares. Iremos cumprir nossas missões, sempre dentro da lei."
As operações militares de Israel, e os ataques com foguetes provenientes da Faixa de Gaza, agravaram a situação. A comunidade internacional já iniciou os trabalhos para conseguir uma reconciliação de ambos os lados e consequente cessar-fogo. Após a reunião do Egito, Catar e Turquia para discutir este tema, e que se realizou nesse sábado, no Cairo, o chanceler francês Laurent Fabius e o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, decidiram também participar da reconciliação. O cessar-fogo é a esperança da população da Faixa de Gaza, e do povo de Israel.
Tradução: Xia Ren
Revisão: João Pimenta