Começou hoje (17) em Hangzhou, no sudeste da China, a 6ª Cúpula Empresarial China-América Latina. Representantes de cerca de 260 empresas estrangeiras e 450 chinesas vão participar do evento de dois dias.
O tema principal do encontro é "acelerar a transformação no comércio e investimento e procurar um maior desenvolvimento". Durante a cúpula, os empresários vão debater sobre as oportunidades de investimento e comércio, serviços financeiros, recursos naturais e o crescimento das pequenas e médias empresas.
O comércio entre China e América Latina tem se desenvolvido rapidamente desde o início do século XXI. Na cerimônia de abertura, o presidente do Banco de Desenvolvimento Pan-americano, Luís Alberto Moreno, apresentou o progresso do comércio entre as duas regiões.
"Desde 2000, o comércio entre a Ásia e a região da América Latina e Caribe tem registrado um crescimento anual de mais de 20%. O valor das transações em 2011 atingiu US$450 bilhões, sendo mais da metade em negócios com a China. Essa grande expansão não só promove o desenvolvimento econômico, como também cria muitas oportunidades de emprego, ajudando milhões de latino-americanos a se livrarem da pobreza."
Na mesma ocasião, o vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Abdul'ahat Abdulrixit, afirmou que vê com bons olhos a perspectiva do comércio sino-latino-americano. Ele indicou alguns pontos de atenção para os governos e as empresas.
"Em primeiro lugar, a transformação industrial da China irá favorecer a exportação da América Latina. Segundo, as empresas chinesas devem dar atenção às oportunidades criadas com o reajuste da estrutura industrial latino-americana. Terceiro, a China e a América Latina devem explorar o potencial de cooperação durante a urbanização."
O diretor da Câmara Internacional do Comércio da China, Wan Jifei, lembrou no seu discurso que ainda existem problemas como o desequilíbrio comercial, estrutura inadequada e atritos comerciais nas relações econômicas sino-latino-americanas. Para ele, esses são os principais desafios para o reforço da cooperação entre as empresas das duas partes.
"As nossas empresas têm pouca experiência de gestão transnacional. Temos que enfrentar a diferença de língua e cultura, e do sistema jurídico. Ao mesmo tempo, a mudança de governo em alguns países latino-americanos torna as políticas incoerentes, o que também pode influenciar o funcionamento das empresas chinesas. Desejo que as companhias chinesas e latino-americanas sejam determinadas e sensatas durante o planejamento das estratégias exteriores e, ao mesmo tempo, garantam a legalidade de suas ações de gestão."