Segundo dados publicados hoje (15) pela Administração de Estatísticas da China, em setembro, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) cresceu 1,9% em relação ao mesmo período de 2011. Já o IPP (Índice de Preços ao Produtor) baixou 3,6%, continuando o declínio pelo sétimo mês consecutivo e atingindo a maior queda nos últimos 35 meses. Para especialistas, os números refletem um controle eficaz dos preços. A previsão é que no quarto trimestre deste ano, a economia chinesa se mostrará estável.
A Sra. Zhang, de 64 anos, vai fazer compras num mercado de vegetais no bairro de Shijngshan, em Beijing, todos os dias. Para ela, os preços estão aceitáveis.
"O tomate, a couve-flor, a batata e o feijão estão um pouco mais caros do que no ano passado, mas ainda estão aceitáveis. O preço do ovo tinha aumentado de 3,8 para 4,9 yuans, mas agora, já baixou para 4,7 yuans."
Nos últimos meses, o IPC da China tem se mantido num nível baixo. Wang Yuanhong, pesquisador do Departamento de Previsão Econômica do Centro Nacional de Informações, explica os números:
"A mudança do IPC corresponde à nossa previsão. Embora o preço tenha tido uma pequena alta em agosto, principalmente, o valor das comidas, ele voltou a baixar significativamente em setembro. O preço está se estabilizando. Podemos prever um IPC de 2% ou menos no quarto trimestre."
O IPP da China em setembro registrou a maior queda nos últimos 35 meses. Para Wang Yuanhong, essa baixa se deve principalmente à redução da demanda interna e externa. Porém, ele ainda está otimista com a situação econômica nos últimos três meses deste ano.
"Desde o segundo trimestre, o país tem reforçado o investimento, de modo a iniciar a construção de vários projetos incluídos no 12º Plano Quinquenal. O governo ajudou alguns setores importantes com políticas financeiras e monetárias. O efeito deve surgir gradualmente no último trimestre. Assim, a situação econômica geral se manterá estável."