6ª-Feira. 6 . junho. 2025
Web  portuguese.cri.cn  
Escolha errada do Japão
  2012-09-27 17:07:08  cri

O texto a seguir foi escrito por Liu Junhong, diretor do Centro de Pesquisa sobre Globalização do Instituto de Pesquisa sobre Relações Internacionais Modernas da China.

Dia 29 de setembro marcará o 40º aniversário da normalização das relações diplomáticas entre China e Japão. Porém, a disputa pelas ilhas Diaoyu pelo governo japonês colocou uma sombra pesada na data que deveria ser celebrada. A gente se pergunta: por que o relacionamento sino-japonês está preso no ciclo vicioso de conflitos entre o passado e o presente, depois de 40 anos de convivência, comunicação e contatos? Na minha opinião, a origem dos conflitos deve-se ao fato de que o Japão nunca erradicou as ideias erradas sobre a História e a Ásia. Diante da alteração da situação internacional, aparece logo uma corrente contra a amizade sino-japonesa.

A China e o Japão são vizinhos próximos. Desde muito cedo, começaram os contatos e as diferentes culturas se encontraram e se misturaram, fazendo com que uma influenciasse a outra. As economias das duas nações são dependentes entre si. Relembrando a história centenária do relacionamento bilateral, jamais podemos esquecer do caminho à potência depois da Guerra Jiawu, nem da invasão fascista lançada pelo militarismo japonês contra a Ásia. Também não podemos tirar das nossas memórias o caminho à paz do Japão após a Segunda Guerra Mundial, assim como a amizade sino-japonesa selada por ambos os países desde 1972.

Refletir sobre a história e olhar para o futuro é o princípio básico do desenvolvimento das relações sino-japonesas. Tanto a China quanto o Japão têm sustentado a ideia de amizade desde 1972, que serve de precondição para a normalização das relações bilaterais. O Tratado de Paz e Amizade assinado em 1978 declarou a não-guerra entre os dois países e registrou a relação entre ambos. A Declaração Comum Sino-Japonesa firmada em 1998 e a Declaração Conjunta para criar a parceria estratégica benéfica em 2008 sustentaram o desenvolvimento das relações com base em interesses comuns.

Porém, forças direitistas do Japão adotaram ideias de superioridade racista e sistemática, aplicaram linhas duras na diplomacia, disputaram recursos e mercados. Tais atitudes sempre trouxeram tempestades ao relacionamento sino-japonês. Em meados dos anos 80, o ex-primeiro-ministro japonês, NakasoneYasuhiro visitou o Templo Yasukuni, no 40º aniversário da derrota japonesa na 2ª Guerra Mundial, provocando um tufão no relacionamento bilateral. No novo século, o incidente do 11 de setembro nos Estados Unidos mostrou os riscos da política geográfica, provocando dúvidas sobre a segurança de investir em Nova Iorque. Por outro lado, com a integração da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) e seu contínuo crescimento econômico, investir na China virou a nova moda do século. Neste contexto, o governo de Koizumi Junichiro visitou com frequência o Templo Yasukuni, resultando na suspensão das visitas mútuas de líderes chineses e japoneses. O relacionamento político entre os dois países caiu num momento péssimo da história. Agora, o partido democrático japonês tomou posse e a economia chinesa ultapassou a japonesa. Ao mesmo tempo, o foco estratégico dos EUA se voltou para a região da Ásia-Pacífico. A ambição do Japão de liderar a ordem do Leste Asiático vem sendo frustrada. Nestas circunstâncias, o governo de Yoshihiko Noda decidiu arriscar e brincar com fogo nas ilhas Diaoyu.

A troca de posição econômica chinesa e japonesa e o contraste da tendência do desenvolvimento estratégico agravaram a preocupação dos políticos japoneses. Por isso, negar a amizade sino-japonesa, adotar uma política direitista, limitar a transferência tecnológica, diminuir o investimento na China, arruinar a economia chinesa e até reascender os conflitos territoriais tornaram-se escolhas políticas.

É visível que a política direitista é uma decisão errada sobre a tendência do desenvolvimento mundial, regional e chinês. Vai contra a corrente da época e a considero como uma miopia estratégica. O resultado é sem dúvida cavar a própria cova e cair em isolamento estratégico.

 Imprimir  Comentar  Envie para um amigo
Leia mais
Comentário

v A aldeia fica no extremo norte da China

v Coleta de sal em Fujian, no sudeste da China
mais>>
Aviso Vídeo
Para conhecer a fundo o Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional, só na Rádio Internacional da China.

Cobertura completa em todas as mídias e em 65 idiomas, transmissão ao vivo em chinês, inglês e russo, notícias em tempo real nas novas mídias para 29 idiomas, reportagens especiais para internet, em 39 idiomas, além das reportagens cooperativas com 130 rádios no exterior.

Fortalecer cooperações internacionais, construir em conjunto "Um Cinturão e Uma Rota", procurar o desenvolvimento de ganhos mútuos.

Ranking dos textos mais lidos
• Sala de visitas: O artista português Alexandre Farto, o Vhils, explica detalhes do seu estilo inovador, que já conquistou todos os continentes
• Sala de visitas: A jornalista brasileira Laís Carpenter fala sobre sua carreira e conta como veio morar na China
• Sabores do Brasil - Muqueca de Peixe e Camarão
• Entrevista com presidente da CMA Group do Brasil, José Sanchez
• Encontre aromas frescos do chá Tieguanyin em Anxi
• Entrevista com pianista portuguesa Marta Menezes
mais>>
Galeria de fotos

O primeiro trem maglev de Beijing foi testado no último sábado

Pinturas famosas foram transformadas pelo ilustrador chinês Along, utilizando o panda

A Pradaria de Hulunbuir é uma das quarto maiores pradarias do mundo

Um parque de estacionamento gigantesco e inteligente foi inaugurado em Beijing
mais>>

• Fanzine Nº2, 2017

• Fanzine Nº1, 2017
mais>>
© China Radio International.CRI. All Rights Reserved.
16A Shijingshan Road, Beijing, China. 100040