O governo japonês assinou o contrato de compra de três da ilha Diaoyu e territórios adjacentes, chamadas pelo Japão de Ilhas Senkaku. Sem considerar a oposição chinesa, nem respeitar o fato de a ilha Diaoyu pertence à China desde a antiguidade, o governo insistiu na "compra das ilhas". A ação repercutiu fortemente na China.
Com o agravamento da situação da ilha Diaoyu, a população chinesa manifestou as suas opiniões de diversas formas. No SINA, o mais famoso portal da China, em poucas horas a frase "a ilha Diaoyu pertencem à China" recebeu mais de 12 milhões de comentários.
A ação do governo japonês repercutiu também no mundo universitário. Lu Chang estuda na Universidade de Nanjing. Ela disse à CRI que a Universidade presta alta atenção sobre o caso e seus colegas expressaram muita indignação.
"Defendemos de forma unânime a atitude de que devemos salvaguardar o nosso território, que é o limite da nação. A compra da ilha Diaoyu pelo governo japonês feriu os sentimentos do povo chinês e não pode ser permitida de jeito nenhum."
O Sr.Wu trabalha numa empresa joint-venture sino-japonesa em Guangzhou há doze anos. Ele considera improvável que o caso Diaoyu influencie o comércio bilateral.
"Trabalho numa empresa joint-venture sino-japonesa há doze anos. Durante as horas de serviço, eu trabalho para a empresa. Quando saio sou como qualquer cidadão chinês: acho que as ilhas Diaoyu são território chinês e não podem ser invadidas."
O porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China Geng Yansheng comentou hoje à tarde a chamada "nacionalização" da ilha de Diaoyu pelo governo japonês. Ele assinalou o seguinte:
"A ilha Diaoyu e território adjacente é território chinês. A China tem uma base histórica que legitima essa reivindicação. A compra da ilha pelo governo japonês é ilegal e não tem efeito. A decisão e vontade do governo e tropa chinesa de salvaguardar a soberania do território são firmes e imutáveis. Estamos acompanhando a atualização do caso e reservamos o direito de tomar as medidas necessárias."
Li Guoqiang é especialista na questão da ilha Diaoyu e estudioso da Academia das Ciências Sociais da China. Ele apontou que a "nacionalização" da ilha Diaoyu pelo Japão violou a Lei Internacional e não tem fundamento histórico, comparando essa ação a um roubo.
"Do ponto de vista histórico, a China sempre deteve a soberania sobre as ilhas Diaoyu. Esse facto tem uma base histórica e também corresponde ao princípio básico da Lei Internacional."
Nos últimos anos o governo japonês tem provocado incidentes na questão das ilhas Diaoyu. O estudioso Liu Qing, do Instituto das Questões Internacionais da China, apontou que o agravamento da questão da ilha Diaoyu visa transferir a preocupação pela distribuição de influência no leste asiático e contradições internas do Japão. Além disso, o apoio norte-americano também desempenha um importante fator no desenvolvimento da questão.
"A economia chinesa tem se desenvolvido rapidamente nos últimos dois anos. O PIB chinês ultrapassou o do Japão em 2010, com a China se tornando na segunda maior economia mundial. Neste contexto, a preocupação japonesa sobre a China está se intensificando. O governo japonês tenta arriscar na questão da ilha Diaoyu contra a China. Também o Japão quer transferir as questões para o exterior. Além disso, o fator norte-americano é importante. Na estratégia de retorno à Ásia Pacifico dos EUA, o Japão encontrou uma oportunidade."
Sobre a compra ilegal da ilha Diaoyu pelo Japão, os líderes chineses manifestaram a posição chinesa em diversas ocasiões. Li Guoqiang disse que a questão da ilha Diaoyu é a maior barreira nas relações sino-japonesas. Se o Japão continuar suas ações sem pensar nos outros, a China tomará medidas.
Tradução: Xia Ren
Revisão: Miguel Torres