Começou ontem (16) em Beijing, o simpósio "Cooperação Verde Sino-africana Orienta Futura Economia". O evento é coorganizado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sua sigla em inglês) e a Comissão Chinesa para Cooperação Internacional no Meio Ambiente e Desenvolvimento. O vice-ministro chinês da Proteção Ambiental, Li Ganjie, participou do evento. Para ele, as cooperações entre a China e o continente africano no meio ambiente vão entrar numa fase de compartilhamento do desenvolvimento verde.
Segundo o embaixador do Togo na China, e também chefe da delegação africana para o simpósio, Nolana Ta-Ama, a maioria dos países africanos enfrenta os mesmos problemas e desafios ambientais que a China encara hoje em dia.
"A China e África são regiões que estão atentas à concretização de um desenvolvimento sustentável no processo da globalização econômica. Países em desenvolvimento estão sendo modernizados e precisam pensar bem nas escolhas que tomam e nas prioridades que estabelecem na sua estratégia de desenvolvimento. Precisamos impedir a destruição da natureza e desenvolver uma economia harmoniosa, para proteger o nosso patrimônio histórico e cultural. Ao mesmo tempo, devemos reduzir a poluição e o excesso do consumo."
Li Ganjie apontou que a China e países africanos enfrentam enorme pressão populacional e de utilização dos recursos naturais no processo de urbanização e industrialização. Segundo ele, o desenvolvimento verde é a tendência atual e tecnologias de baixa emissão de carbono estão a ser desenvolvidas rapidamente. Para ele, com o aprofundamento das cooperações sino-africanas, as parcerias na área de meio ambiente estão entrando numa fase de compartilhamento. Li Ganjie apresentou três propostas para as colaborações na área.
"Os dois lados devem intensificar, dentro do atual quadro do Fórum de Cooperação Sino-africana, intercâmbios no desenvolvimento verde. Por outro lado, é necessário inovar modelos de cooperação, como por exemplo, impulsionar diálogos na produção sustentável e desenvolver projetos de mostra na área de meio ambiente. Além disso, as duas partes devem aumentar contatos nas questões ambientais globais e regionais."
Para o diretor-geral do WWF, James P. Leape, créditos verdes, energias limpas e sustentabilidade do desenvolvimento constituem as três principais áreas da futura cooperação sino-africana.
"Além dos desafios que ambas as partes enfrentam, o desenvolvimento sustentável deve ser também tido em conta. Devemos pensar em reforçar a utilização das novas tecnologias no século 21. Isso fará a diferença na comunidade africana."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Miguel Torres