O Congresso Nacional do Sudão decidiu ontem chamar de volta a delegação do governo, que está negociando com representantes do Sudão do Sul em Addis Ababa, capital da Etiópia. O ministro da defesa sudanês afirmou que o exército do país é capaz de controlar a situação no campo de Higlieg e garantir a estabilidade do país.
O Conselho de Segurança da ONU realizou ontem uma reunião à porta fechada, para discutir a situação entre os dois países. Os países membros da entidade urgiram o Sudão do Sul a retirar suas tropas e que o Sudão pare os ataques aéreos contra o país vizinho, a fim de retomar as negociações.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o Departamento de Estado norte-americano divulgaram declarações em diferentes ocasiões, apelando ao fim das ações armadas entre os países vizinhos.
O porta-voz da Chancelaria chinesa, Liu Weimin, afirmou nesta sexta-feira (12) em Beijing que Sudão e Sudão do Sul devem manter a calma, suspender imediatamente os confrontos e resolver as disputas através de negociações, o que corresponde aos interesses de ambas as partes.
Os conflitos armados ocorridos recentemente na região fronteiriça entre os dois países atraem a atenção da comunidade internacional. O porta-voz chinês apontou que os dois países são vizinhos e devem conviver em harmonia. Segundo ele, a tensão atual prejudica tanto a estabilidade social e o desenvolvimento econômico dos dois países, quanto a paz e segurança de toda a região.
Liu ainda espera que Sudão e Sudão do Sul possam proteger os bens das empresas chinesas e garantir a segurança dos trabalhadores presentes nos países.
(tradução: Shi Liang revisão: Miguel Torres)