A 19ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU votou ontem (23) em Genebra o anteprojeto da resolução sobre a situação de direitos humanos na Síria. Devido à falta de imparcialidade no documento, China, Rússia e Cuba votaram contra o documento.
O material foi entregue pela Dinamarca, representante da União Europeia. O documento diz que o governo sírio "continua violando os direitos humanos e a liberdade básica da população" e pede que este encerre as violações. Além disso, o projeto determina a prorrogação do mandato da Comissão Internacional de Inquérito sobre a Síria, pedindo que o grupo possa entrar no país sem limites para investigar "a grave violação aos direitos humanos" e divulgar os relatórios sobre a investigação.
O documento aponta para a piora da situação humanitária provocada pelo governo sírio, mas não expõe a situação provocada pela oposição. O texto cita grande parte do comunicado presidencial da reunião "Amigos da Síria", realizada na Tunísia. Não há equilíbrio no conteúdo da resolução, que pressiona unilateralmente o governo sírio. A Rússia sugeriu uma emenda à resolução, adicionando que "lamenta as violações aos direitos humanos provocadas pelos ataques das forças armadas aos orgãos e aos funcionários do país e pelos ataques terroristas aos civis" e que "condena veementemente os ataques terroristas". No entanto, o adendo não foi aprovado. Como resultado, a Rússia pediu a votação da resolução e vetou, juntamente com China e Cuba.
A 19ª Sessão do Conselho de Direiros Humanos da ONU foi aberta no dia 27 de fevereiro e fechada no dia 23 de março.
Tradução: Lucas Xu
Revisão: Luiz Tasso Neto