O veterano comentarista econômico do jornal britânico Financial Times, Martin Wolf, publicou nessa terça-feira (20) um texto no francês Le Monde, expondo suas ideias sobre as reformas do sistema financeiro, a abertura chinesa, bem como sua influência para todo o mundo.
Segundo um relatório publicado pelo Banco do Povo na semana passada, a China está abrindo a conta de capital e financeira para o investimento externo. Para Wolf, este programa é razoável e correspondente à realidade chinesa, o que também satisfaz necessidades econômicas globais. Segundo o comentarista britânico, a comunidade internacional deve aplaudir a prudência da China, já que a dimensão das instituições financeiras e depósitos do país é gigantesca.
É raro que países consigam fugir da crise no contexto da liberalização financeira e da globalização. É o caso dos EUA nos anos 30, do Japão na década de 90 e da zona do euro no momento. Por isso, a China tem que manter a prudência para evitar que aconteça o mesmo. Por outro lado, as políticas chinesas não são apenas assunto interno, já que as reformas do mecanismo financeiro interferem nos interesses dos outros países. Neste sentido, a comunidade internacional deve apoiar a atitude prudente tomada pelo governo chinês no setor financeiro.
Tradução: Zhu Jing
Revisão: Luís Tasso Neto