O Japão lembra neste domingo (11) o primeiro aniversário do terremoto de 9 graus na escala Richter e do devastador tsunami que arrasaram o nordeste do arquipélago, além de desencadearem a pior crise nuclear do país.
Às 14h46, horário local, a mesma na qual o terremoto fez tremer o país, milhões de pessoas guardaram um minuto de silêncio em lembrança às vítimas da tragédia, a pior vivida pelo Japão após a Segunda Guerra Mundial.
Além disso, estão sendo realizados memoriais em homenagem aos mortos em todas as cidades litorâneas de Iwate, Miyagi e Fukushima, as três províncias mais afetadas pelo desastre e ainda em plena reconstrução. Em muitos lugares, as sirenes de alerta voltaram a soar um ano depois, para marcar o momento do terremoto.
Em Tóquio aconteceu uma grande cerimônia na qual participaram, entre outros, o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, e o imperador, Akihito, apesar de ainda estar em processo de reabilitação após uma recente operação cardíaca.
O imperador - que há semanas havia mostrado sua vontade de comparecer ao ato, apesar de sua delicada saúde - fez após a catástrofe um discurso histórico na televisão, pedindo aos cidadãos para não perderem a esperança, e depois viajou em várias ocasiões para as regiões arrasadas.
Yoshihiko Noda anunciou que será criado o departamento de supervisão para a segurança nuclear e elaboradas novas normas para o setor.
Em coletiva de imprensa, ele ressaltou que a segurança nuclear não tem garantia constante, o que é a maior lição aprendida pelo governo japonês no acidente nuclear de Fukushima. O governo reforçará o tratamento dos destroços nas regiões afetadas pelo desastre.
Tradução: Catarina Wu
Revisão: Camila Olivo