Entre as informações solicitadas pelo ministério estão o processo de revisão da política de privacidade e de que forma a sociedade e os consumidores puderam se manifestar sobre as mudanças. Também foi questionado se há uma alternativa para aqueles que desejam utilizar os diversos produtos sem que haja uma interconexão de seus dados pessoais entre os diferentes produtos, como Gmail, Google+ e YouTube, por exemplo.
Além disso, o ministério questionou o Google sobre como o usuário dará autorização para a combinação de suas informações pessoais com os produtos, serviços e conteúdos acessados. O DPDC pediu respostas ainda sobre se o conteúdo privado dos e-mails poderá ser acessado pelo Google para fins de publicidade customizada. O não cumprimento da notificação pode implicar em instauração de processo administrativo.
Com a nova política de privacidade, criada com a ideia de simplificar as normas, consolidando 60 diretrizes em uma única que se aplica para todos os seus serviços, o Google passa a tratar cada usuário como um usuário único, e pode cruzar os dados de diferentes serviços - como Gmail, Google+, buscador e YouTube - para melhorar a entrega de publicidade, por exemplo. Em conferência com a imprensa na semana passada, o diretor de Comunicação e Assuntos Públicos da companhia no Brasil, Felix Ximenes, destacou, no entanto, que a medida visa unicamente "refinar a qualidade da resposta" ao usuário logado e que o Google ocasionalmente já cruzava dados de serviços diferentes. "Com a nossa nova política, deixamos claro que isso pode acontecer. A tendência de uso na internet é que você tenha uma experiência mais pessoal, até porque o uso do celular cresce, e o celular é extremamente pessoal", afirmou.
por Jornal do Brasil