O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou terça-feira (6), que o governo do seu país continuará combatendo as ações terroristas, ao mesmo tempo que promove a reforma das instituições nacionais. No mesmo dia, o representante chinês junto à ONU, Li Baodong, renovou o apoio chinês aos esforços de mediação em busca de uma solução para a crise síria.
Segundo Bashar al-Assad: "O povo sírio tem a capacidade de defender o seu país e irá construir um Estado completamente novo através da reforma e da luta contra os terroristas apoiados por forças externas."
Ontem, Li Baodong revelou na sede da ONU, que o enviado especial da organização e da Liga Árabe, Kofi Annan, e a vice-secretária-geral das Nações Unidas encarregada dos assuntos humanitários, Valerie Amos, tinham trocado opiniões com a parte chinesa, antes da sua visita à Síria. A China está a favor do envolvimento de Annan e Amos e espera que ambos consigam promover uma solução para a questão síria por via política. A China acompanha com atenção a situação síria e apoia e se empenha numa solução política para a crise. Li reafirmou que a China não tem interesses privados nessa questão.
O representante do chanceler chinês, Li Huaxin, chegou ontem a Damasco, dando início à visita de dois dias à Síria. Trata-se de mais um esforço diplomático da China para resolver a questão do país.
No mesmo dia, o presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que um ataque militar unilateral dos EUA contra o regime sírio de Bashar al-Assad seria um "erro".
Numa declaração publicada no domingo, a Chancelaria russa defendeu o direito à autodeterminação do povo sírio e o fato de a este caber a responsabilidade de resolução dos assuntos internos do país.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Miguel Torres