A China começou a adoção do novo modelo de assistência de saúde em zonas rurais há nove anos. Este mecanismo que garante o acesso da população rural à assistência médica é uma parceria entre o governo e cooperativas constituídas por mais de 830 milhões de camponeses. Segundo o Ministério da Saúde da China, o governo deve reforçar o apoio financeiro ao sistema e promete o acesso ao mecanismo de mais pessoas que moram em zonas rurais. O diretor do departamento do Ministério da Saúde encarregue do monitoramento das zonas rurais, Yang Qing, anunciou hoje (27) que a parcela paga por cada camponês será elevada de 200 para 300 yuans. Em virtude disso, a percentagem de reembolso de gastos com a saúde subirá de 70% para 75%. O novo teto máximo de reembolso não deverá ser menor do que 60 mil yuans. Ele afirmou:
"O governo vai incluir as doenças graves no sistema e estabelecerá um fundo a nível da província especificamente voltado para isso. Falamos de leucemia infantil, doenças cardíacas genéticas ou câncer de mama. Já num terço da área rural, 12 doenças malignas como o câncer de estômago ou câncer de pulmão serão integradas na cooperativa."
Até 2011, um total de 832 milhões de chineses participou do modelo de assitência médica parcialmente financiado por cooperativas, elevando a percentagem da população rural abrangida para 97%, o que representa 1,3 bilhões de tratamentos por ano. Graças ao reforço da garantia de acesso à assistência à saúde, aumentou a taxa de tratamento de crianças portadoras de doença cardiovascular genética e leucemia aguda. No ano passado, mais de sete mil crianças que sofriam de leucemia receberam tratamento médico, enquanto cerca de 20 mil crianças foram salvas de doenças cardiovasculares. Além disso, no segundo semestre de 2011, portadores de doenças renais da última fase, deficientes mentais e doentes de câncer da mama foram incluídos na lista de reembolso governamental.
A China conta com mais de 200 milhões de trabalhadores migrantes, vindos do campo. A maioria destes, participa do novo modelo cooperativo. Existem, no entanto, dificuldades no acesso à assistência médica e no reembolso de gastos médicos. O diretor Yang Qing prometeu tomar medidas para facilitar o acesso a tratamento dos trabalhadores rurais migrantes. Ele especificou:
"As entidades administrativas de saúde de modelo cooperativo vão negociar e assinar um acordo com departamentos em cidades onde estão os trabalhadores para definir as instalações onde estes trabalhadores poderão receber o reembolso de gastos de saúde. Além disso, estamos construindo um sistema de informático e uma plataforma nacional de saúde. Neste momento, estamos a testar o sistema em duas províncias-piloto. A plataforma nacional está ligada à rede das províncias sendo assim facilitado o reembolso aos trabalhadores."
Yang revelou que vai incorporar os seguros comerciais na cooperativa de saúde, isto é, aproveitar o fundo da cooperativa para comprar seguros de doenças graves, complementando o mecanismo e compartilhando os encargos das elevadas despesas médicas. Acerca de fraudes sobre fundos médicos, Yang prometeu que vai reforçar a fiscalização e intensificar a vigilância para garantir a segurança do fundo da cooperativa.