A reunião internacional que juntou representantes de 29 países e cujo tema de discussão centrava-se na emissão de carbono no setor do transporte aéreo, terminou ontem (22) em Moscou. Num comunicado conjunto divulgado após as conversações, os participantes revelaram ter acordado a rejeição da cobrança de taxas de emissão de carbono pela União Europeia (UE), uma medida que pretende obrigar todas as empresas aéreas, independente da sua nacionalidade, a pagar uma taxa pelas emissões de carbono.
Várias estratégias de combate são avançadas no comunicado conjunto, sendo que os países podem escolher a aplicação da medida que favoreça os seus próprios interesses. As medidas vão da proibição das companhias aéreas de cooperar com a UE no regime de comércio de direito de emissão de carbono; a alteração do acordo de "Céu Aberto" com o bloco; até ao abrandamento das negociações de novos acordos no setor aéreo comercial.
O oficial da Administração da Aviação Civil da China, Ji Yuan, ressaltou que a cobrança obrigatória da taxa de carbono na UE é inaceitável para a China. O comunicado conjunto é intransigente e serve como ferramenta para exercer pressão sobre UE e forçar o bloco a voltar atrás na decisão de aplicação desta taxa. A China opõe-se a esta medida e proibiu as suas transportadoras aéreas de cooperar com a UE neste regime.
Tradução: Lucas Xu
Revisão: Miguel Torres