Quatro ministros do governo de coligação grego pediram ontem (10) a sua demissão. O motivo foi a insatisfação perante as novas medidas de austeridade e reformas a serem tomadas pelo governo para garantir a segunda rodada de empréstimo da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
Para obter os fundos necessários e evitar assim o incumprimento do pagamento da dívida, o governo grego aprovou anteontem (9) novas medidas de austeridade que incluem a redução do salário mínimo em 22% no setor privado e um corte na despesa pública de 3,2 bilhões de euros para o ano 2012, corte que inclui o despedimento de 15 mil funcionários públicos.
O número de demissões entre os ministros gregos sobe assim para seis. O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos reiterou que o seu governo vai tomar as medidas necessárias para pôr em prática novos acordos de assistência alcançados com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. A ideia de um possível incumprimento é totalmente rejeitada, e todos aqueles que estão contra o plano de assistência ou pensam em votar contra este no parlamento não têm condições para continuar como membros do gabinete.
Tradução: Zhu Jing
Revisão: Miguel Torres