Um chanceler da União Europeia revelou na quarta-feira (4), em Bruxelas, que os países membros do bloco chegaram a um consenso sobre o embargo ao petróleo iraniano, mas ainda não se sabe quando a medida será aprovada e executada. A informação provocou a alta no preço do petróleo e do ouro no mercado internacional.
O chanceler francês, Alan Juppe, que visita Portugal, confirmou ontem a realização de um encontro no próximo dia 30 entre chanceleres europeus para discutir sanções econômicas contra o Irã.
Na quarta-feira (4), a porta-voz do Departamento de Estado norte-americana, Victoria Nuland, chamou de "ameaça fraca" a exigência do Irã de que navios estrangeiros precisam de sua autorização para trafegar pelo Estreito de Ormuz, alegando que estas são águas internacionais.
Em resposta, o deputado iraniano, Nader Qazipour, garantiu que a Marinha do Irã tem o direito de impedir que navios militares estrangeiros naveguem pelo Estreito. Segundo ele, um plano a respeito está sendo elaborado pelo país.
Os EUA e seus aliados estão considerando intensificar as sanções contra o Irã para que o país desista do suposto plano de desenvolver armas nucleares. O Irã insiste que seu programa nuclear tem fins de pesquisa científica e geração de energia. O porta-voz da Chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, declarou ontem (4) que o Irã jamais abandonará as ações de enriquecimento de urânio. Ele salientou que o programa nuclear tem objetivos pacíficos, portanto, é um direito básico do Irã.
Tradução: Florbela Guo
Revisão Débora Portela