Entre 2004 e 2007, depois da queda de Saddam Hussein, a insurgência iraquiana levou o país a registrar taxas médias de 64,9 homicídios por 100 mil habitantes, que provocaram 76.266 mortes em quatro anos e transformaram o conflito no mais violento do mundo no período.
No Brasil, a cidade baiana de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, registrou taxa de 146,4 assassinatos por 100 mil habitantes, mais de duas vezes acima da insurgência iraquiana. Um terço dessas 67 cidades tem mais de 100 mil habitantes e só uma fica em São Paulo.
Os dados são do Mapa da Violência 2012 - Os novos padrões da violência homicida no Brasil, feito pelo Instituto Sangari. "Apesar de não registrar conflitos étnicos, religiosos ou políticos, a violência homicida no Brasil é uma das maiores do mundo", afirma Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa.
1,091 milhão de mortes. O levantamento fez um amplo balanço das três últimas décadas de homicídios no Brasil, com base nos dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Entre 1980 e 2010, o Brasil registrou 1,091 milhão de homicídios. A casa do milhão de assassinatos já havia sido ultrapassada em 2008, considerando as mortes desde de 1979, o primeiro ano da divulgação dos dados.
por Estadão