O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, afirmou hoje (9) em Pequim, que a China espera que as parte envolvidas resolvam a questão da defesa antimíssil, através de medidas que defendam a estabilidade estratégica global.
A negociação, realizada ontem (8) em Bruxelas, tendo como tema o sistema de defesa antimíssil europeu, que opõe atualmente os membros da Otan e a Rússia, não foi bem-sucedida. Os dois lados confirmaram que as conversações vão continuar.
O secretário-geral da Otan, Fogh Rasmussen, ressaltou depois da reunião, que ainda existem divergências, mas que ambas as partes estão empenhadas em encontrar uma solução. Rasmussen reiterou que o sistema de defesa antimíssil da Otan não é uma ameaça à Rússia, e que organização vê o país como um aliado e não como um inimigo.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergej Lawrow, expressou a vontade de ver as preocupações russas serem ouvidas pela Otan. Pretende também que a organização ofereça garantias jurídicas que vinculem seus atos para além das promessas efetuadas.
No mesmo dia, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou que a Otan vai continuar implantando o sistema de defesa antimíssil e aproveitou a ocasião para, mais uma vez, ressaltar que o sistema de defesa antimíssil não representa uma ameaça para a Rússia.
O porta-voz chinês disse, na conferência de imprensa, que esta questão está relacionada com a estabilidade estratégica mundial e que está em causa a confiança entre os países mais influentes nas áreas da segurança estratégica. A China deseja que as partes envolvidas continuem negociando, e levem em consideração as preocupações mútuas sobre a questão.
Tradução: Nina Niu
Revisão: Miguel Torres