O novo tratado é aplicável não só aos 17 países membros da zona do euro, mas também aos países membros da UE fora da moeda comum que queiram aderir. Até agora, seis países mostraram estar dispostos a firmar o novo tratado.
Segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, as condições apresentadas pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, não são aceitáveis. Uma vez que, para uma revisão do Tratado de Lisboa é necessária a aprovação de todos os 27 países membros da UE, a posição dos ingleses implica o abandono da reformulação desse documento.
O novo tratado exercerá um controlo mais rigoroso nas contas dos países europeus. Além disso, os países da zona euro se comprometeram a angariar 200 bilhões de euros para o Fundo Monetário Internacional, com o intuito de enfrentar a crise da dívida. Antes disso, a Alemanha e a França pedem a revisão dos tratados da instituição e o reforço da disciplina financeira dentro da zona euro, propostas que não foram bem aceites por diversos países.
Sarkozy anunciou ainda que o Banco Central Europeu será responsável pelos fundos de assistência provisória, o que facilitará a estabilidade financeira europeia, além de adquirir os poderes necessários para iniciar o Mecanismo de Estabilidade Europeia. Os líderes europeus chegaram ao consenso sobre estes pontos.
Sarkozy revelou que a reunião do segundo dia da cúpula será dedicada a acertar os detalhes destes dois sistemas e se recusou adiantar mais pormenores sobre os poderes de atuação do BCE.
Tradução: Catarina Wu
Revisão: Miguel Torres