Começou neste domingo (13) no Havai, o 19º encontro dos líderes do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês). O presidente chinês, Hu Jintao, pediu em seu discurso a liberação e a facilitação do investimento comercial, o aprofundamento da cooperação no setor de meio-ambiente e o reforço da estrutura econômica, com o objetivo de realizar um forte crescimento regional e a estabilidade social.
No encontro de ontem, com o tema "economia regional de intensa coesão", os líderes da Apec abordaram questões voltadas ao crescimento da região da Ásia-Pacífico, integração da economia, desenvolvimento verde e segurança energética. Hu Jintao ressaltou que a Apec, como mecanismo de cooperação de maior relevância na Ásia-Pacífico, deve aproveitar as próprias vantagens no apoio aos seus países membros para reajustar os meios para o crescimento econômico, e para o aprofundamento da integração regional. Expressões como globalização, integração regional, reajuste nos meios para o crescimento econômico, e importância de um aumento forte foram as mais repetidas pelo presidente chinês. Por outro lado, as cooperações entre países da Apec devem atender também as preocupações das nações em desenvolvimento, além das mais avançadas.
De acordo com Hu Jintao, a integração regional vai injetar mais energia à região Ásia-Pacífico. O bloco deve promover amplamente a liberação e a facilitação do investimento comercial, e desenvolver parcerias tecnológicas. O líder chinês afirmou que a recuperação econômica exige um crescimento sustentável e que as economias avançadas devem adotar medidas de macroeconomia responsáveis e tratar adequadamente as dívidas soberanas e riscos financeiros. Ao falar sobre as economias emergentes, Hu defendeu o incentivo do consumo interno, além de investimento e exportação para o desenvolvimento econômico.
O presidente chinês falou em particular da cooperação no setor verde. Ele pediu um tratamento diferenciado entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento, levando em conta suas diferentes realidades. Entre as medidas que Hu Jintao propôs, se encontram a redução das tarifas sobre os produtos voltados ao meio-ambiente, assim como das barreiras não tarifárias; o reforço da troca de produtos, serviços e tecnologia do setor; a estabilização dos preços de energia, alteração da estrutura energética dos países e o desenvolvimento de parcerias relacionadas a novas energias.
Este ano marca o décimo aniversário da integração da China na Organização Mundial do Comércio e os 20 anos do país como membro da Apec. As estatísticas revelam que de 1991 a 2010, o volume total de importação e exportação da China registou um aumento anual médio de 17,6%. Ao mesmo tempo, o investimento estrangeiro no país cresceu em média 18,3%. O nível de tarifas alfandegárias, por seu lado, caiu de 42,5% para 9,8%, fazendo da China um dos mercados mais abertos do mundo.
Em seu discurso, Hu Jintao destacou que o país continua defendendo firmemente a liberação do investimento, aperfeiçoando o seu cenário legislativo, político e mercado, e assumindo as responsabilidades que é capaz de suportar.
Tradução Li Mei
Revisão Luíz Tasso Neto