A 6ª Cúpula dos Líderes do G20 está marcada para os dias 3 e 4 deste mês em Cannes, cidade no sul da França. O presidente chinês, Hu Jintao, vai participar da reunião. Conforme alguns analistas chineses, atualmente a economia mundial está enfrentando riscos de um "mergulho duplo". A crise de dívidas da Europa também apresenta uma tendência de expansão. Nesse contexto, a China deve reforçar coordenações com outros países na política macroeconômica e ampliar os esforços na promoção da estabilidade do mercado financeiro e do crescimento econômico mundial.
De acordo com a disposição da conferência, os dirigentes participantes vão discutir uma série de assuntos econômicos, como reforma do mecanismo monetário internacional, crescimento econômico equilibrado e reforço do monitoramento financeiro.
A cúpula do G20 é uma plataforma importante para a administração econômica global na atualidade. Apesar de não estar incluída na agenda dessa conferência, a crise de dívidas soberanas da Europa é um foco do evento. Ao falar da questão, o vice-diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Beijing, Wang Yizhou, expressou sua opinião.
"Essa cúpula tem como tema a prevenção de uma nova recessão econômica, especialmente o controle da expansão da crise de dívidas da Europa para outras regiões do mundo. É possível a divulgação de uma declaração conjunta ou de políticas importantes na reunião. Isso terá um grande significado para impulsionar a recuperação econômica global."
No dia 26 do mês passado, a cúpula da União Europeia (UE) chegou a um acordo sobre o alívio da crise de dívidas. Para Wang Yizhou, as dificuldades enfrentadas pelas nações europeias são causadas principalmente por motivos internos dos países. Portanto, não é suficiente para resolver o problema atual, que a Europa busque ajuda externa. A China vai apoiar a Europa conforme suas capacidades, mas isso não significa apenas um grande número de investimentos.
"O apoio não envolve apenas ajuda de fundos, abrange também assistência política e medidas de redução de barreiras ao comércio e ampliação de colaborações em negócios. A Europa está enfrentando uma condição interna complicada. Alguns países, como Grécia, Espanha, Itália e Portugal, já enfrentam contradições em suas finanças. Porém, Alemanha, Suíça e Dinamarca mantém uma boa situação financeira. Nesta conjuntura, a China precisa ter uma atitude cautelosa sobre a decisão de investimentos e empréstimos à Europa."
Quanto à questão, o vice-diretor do Instituto de Pesquisas Macroeconômicas da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Wang Yiming, tem a mesma opinião. Segundo ele, a partir deste ano, a economia chinesa tem apresentado uma tendência de desenvolvimento sustentável. No entanto, também existem vários problemas, como desaceleração do aumento econômico e redução de demanda externa. Nesse caso, a China deve primeiro elevar suas capacidades de crescimento econômico, a fim de contribuir mais com a economia global.
Ao falar do "plano de ação de Cannes", entregue pelos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, Wang Yiming, afirmou que ainda é preciso aplicar muitas medidas para impulsionar o crescimento equilibrado da economia mundial.
"Os países emergentes devem aumentar os investimentos na construção de infraestruturas e controlar a inflação. Em consideração à atual crise de dívidas da Europa, temos que dar mais importância à promoção da reforma do mecanismo monetário internacional. Além disso, também são necessários o reforço do monitoramento de órgãos financeiros e o aumento da capacidade de manter o equilíbrio entre receitas e despesas."
(por Zhao Yan)