O jornal oficial chinês, Diário do Povo, publicou um artigo nesta quarta-feira (12) dizendo que o veto da China no Conselho de Segurança (CS) serve para levar os outros países a pensarem nas decisões.
No dia 5 deste mês, China e Rússia vetaram no CS o esboço da Resolução sobre a questão da Síria. O artigo indica que o poder de veto não é apenas um direito especial concedido pela Carta da ONU para os cinco membros permanentes do CS. Mais do que isso, é uma responsabilidade importante. Desde a retomada do estatuto legal naONU, em 1971, a República Popular da China efetuou apenas 7 vezes o direito de veto. Isso mostra a prudência da China no exercício do veto, já que é o membro permanente que menos vezes usou este poder. O veto na questão da Síria não foi feito por causa de assuntos particulares da China, mas baseado em moralidade, justiça e ponderação para a situação. O país asiático quer apenas defender o espírito da Carta da ONU e os princípios de não intervenção nos assuntos alheios, bem como garantir a paz e a estabilidade no Oriente Médio.
O artigo ainda pede mais tolerância ao invés de críticas e mais cooperações ao invés de confrontos no tratamento das relações entre os países. O pensamento de Guerra Fria já perdeu a simpatia do povo, visto que não corresponde às necessidades da busca pela paz, o desenvolvimento e a cooperação. É racional insistir na resolução dos confrontos e divergências através de diálogos e negociações. Também é preciso respeitar as escolhas feitas pelo povo para seu próprio caminho de desenvolvimento e solução das questões internas.
por Shi Xiaomiao