O Ministério de Defesa dos EUA publicou dias atrás um relatório sobre a força militar e a segurança da China. O relatório menciona o problema de Taiwan, que é assunto interno da China. O documento também comenta arbitrariamente sobre o desenvolvimento da marinha chinesa, intercâmbio militar e atualização de armas. O Ministério de Defesa Nacional da China considera que o relatório norte-americano não corresponde à realidade e manifesta uma séria atitude dos EUA. Estudiosos chineses salientam que o superdimensionamento da força militar chinesa pelos EUA tem como objetivo manter a atual disposição militar global e despesa militar.
Desde o ano 2000, o Ministério de Defesa dos EUA submetem anualmente um relatório a respeito da força militar chinesa. No primeiro relatório em 2000, os norte-americanos criaram a expressão "ameaça chinesa". Posteriormente, em todos os relatórios, este termo foi repetido e exagerado.
Jia Xiudong é um especialista do Instituto de Assuntos Internacionais da China. Ele assinala que o foco destes relatórios sempre é a expressão "ameaça chinesa", que é uma forma de os EUA manterem a disposição estratégica global e a grande despesa militar.
"Os relatórios têm quase o mesmo conteúdo. Eles falam sobre novo desenvolvimento da força militar chinesa e repetem as principais políticas do país para China. Na realidade o foco destes relatórios não mudou durante estes anos. A intenção é dar a idéia de que a China sempre aumenta a despesa militar e desenvolve tecnologia de ponta. Os norte-americanos querem fazer crer que o desenvolvimento da força militar chinesa poderia mudar o equilíbrio militar na região da Ásia-Pacífico, especialmente no Estreito de Taiwan. Mas de fato, esta opinião é completamente errada e desfavorável para a confiança mútua sino-norte-americana."
No relatório deste ano, foram acrescentados dois itens sobre a estratégia marítima da China e o intercâmbio militar com o exterior. O documento elogia o papel chinês nas ações contra pirataria, manutenção de paz e assistência humanitária, mas também traz o termo "ameaça chinesa". O estudioso Jia Xiudong, que já foi conselheiro político na Embaixada da China em Washington, acha que o relatório interpreta de maneira errada a política e intenção de defesa do país asiático.
"O relatório dos EUA deste ano elogia as políticas positivas da China, o papel chinês na comunidade internacional e a estabilidade no estreito de Taiwan. Mas, levando em conta o desejo norte-americano de manter a disposição global e a despesa militar, repete que a força militar não é transparente e a intenção não é determinada. Dessa forma, exagera a chamada "ameaça chinesa", especialmente na parte nova sobre o desenvolvimento da força marítima."
Na realidade, as relações militares sino-norte-americanas têm se desenvolvido bem. As constantes visitas de alto nível militar beneficiaram o incremento das cooperações entre as duas tropas. O porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, Yang Yujun, disse que o relatório não corresponde ao consenso de estabelecer uma parceria de respeito e benefício mútuo, e nem à boa tendência das relações militares bilaterais e paz no estreito de Taiwan.
O estudioso Jia Xiudong avalia que o documento poderia influenciar negativamente as relações militares entre os dois países.
"As relações militares sino-norte-americanas têm se desenvolvido rapidamente desde o início do ano. Os líderes militares dos dois países realizaram visitas mútuas e propuseram uma série de medidas de intercâmbio e cooperações. Entretanto este relatório está contrário à boa tendência das relações bilaterais e obviamente traz influência negativa."
O Ministério de Defesa Nacional da China considera que o documento norte-americano não corresponde à verdade e manifesta uma séria atitude dos EUA. A China repete que sempre anda no caminho do desenvolvimento pacífico e insiste na política de defesa nacional.
Por Xia Ren