Quando as forças armadas oposicionistas da Líbia entraram em Trípoli, a guerra chegou ao fim. A guerra regional que durou mais de cinco meses vai influenciar, no longo prazo, a situação no oeste da Ásia e norte da África.
A guerra interna repentina teve como pano de fundo a resistência conduzida pela injustiça na distribuição dos direitos e interesses políticos e econômicos, com características de um conflito tribal. Não se sabe, porém, como o grupo oposicionista tratará as tribos que apoiaram Gaddafi depois de tomar posse. A questão também preocupa os países estrangeiros que participaram dos ataques militares para derrubar o regime de Gaddafi.
O término da guerra não garante à Líbia o ingresso numa nova era de democracia e liberdade. O país enfrentará questões como a destruição da infraestrutura e o aumento dos refugiados.
A guerra mudou diversos fatores que influenciam a situação do oeste da Ásia e norte da África. Por um bom tempo, os países da Otan não souberam a composição do grupo líbio oposicionista que apoiavam. Isso, entretanto, não influenciou a decisão da entidade de ajudar a oposição.
A guerra supostamente reflete conflitos entre a oposição e as tropas governamentais da Líbia, mas tem a ver, de fato, com o controle exercido pelos países ocidentais. Para o primeiro-ministro russo, Valmidir Putin, a guerra na Líbia prova que a Rússia deve desenvolver seu arsenal militar e intensificar a defesa nacional.
por Wu Yichen