O novo embaixador norte-americano na China, Gary Locke, prestou juramento e tomou posse no dia 1 deste mês em Washington, capital dos EUA. É a primeira vez que um descendente de chineses ocupa o cargo. Além disso, o ministro da embaixada norte-americana na China é outro descendente. Toda a embaixada dos EUA em Beijing é dirigida por descendentes de chineses. Mas o que isso significa para as relações sino-norte-americanas?
Em primeiro lugar, a nomeação de Gary Locke como embaixador norte-americano em Beijing mostra que o governo Obama continua prestando muita atenção às relações bilaterais. O ex-embaixador, John Huntsman, tinha sido governador de estado antes, e posteriormente declarou a participação na eleição presidencial. Isso mostra a grande importância que o governo norte-americano dá para a escolha da pessoa certa para o cargo de embaixador na China. Gary Locke, sucessor de Huntsman, é obviamente melhor na posição, experiência e reputação. Esta nomeação prova que, para o presidente Barack Obama, as relações entre EUA e China são as mais importantes relações bilaterais de seu país.
Gary Locke foi ministro de comércio dos EUA e agora assume o cargo de embaixador em Beijing. Isso representa uma maior atenção à economia e comércio da China. E a razão é bem simples. Os EUA estão sofrendo com dificuldades econômicas, crise de dívida e alta taxa de desemprego. Considerando a situação norte-americana, o país deve mudar a estrutura econômica e intensificar as exportações para melhorar a economia. Se olharmos para o mundo inteiro, vários países europeus também estão sofrendo com a crise de dívida; o Japão está ocupado com a reconstrução após a calamidade; enquanto países emergentes como Rússia, Brasil e Índia também estão dependendo de exportações ou recursos energéticos. Somente a China, tem enorme mercado de consumo e também está se dedicando à mudança econômica. Por isso, é o destino insubstituível da exportação norte-americana. Além disso, o país asiático tem grande reserva de divisa para dar suporte ao sistema financeiro norte-americano. Tudo isso significa que a China é o oportuno parceiro econômico dos EUA. Para o novo embaixador Gary Locke, a tarefa dele é explorar o potencial do parceiro econômico para se tornar motor para recuperação econômica norte-americana.
Sendo orgulho de chineses e um político renomado, Gary Locke deve conseguir estreitar a distância psicológica entre os povos, o que também é uma meta de Barack Obama. Os EUA têm prestado grande atenção à diplomacia pública nos últimos anos. O novo embaixador Gary Locke vai desempenhar um papel específico na diplomacia pública para a China. Se puder aproveitar seus atrativos no aprofundamento da amizade entre os povos dos dois países, entrará para a história como um excelente diplomata. Mas se ele ampliar o conceito de valor norte-americano, sem dúvida, vai frustrar a esperança do povo chinês. Estamos aguardando a apresentação de Gary Locke, novo embaixador norte-americano na China.
Por Xia Ren