O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, desembarcou ontem em Brasília e deixou claro que, entre outras missões, "o sentido da viagem" é a "diplomacia económica".
"O relacionamento económico entre Portugal e Brasil é bastante significativo, mas é possível reforçá-lo", diz. Para Portugal, "é determinante internacionalizar as suas empresas. Para um país que tem um endividamento excessivo é muito necessário promover as suas exportações aqui no Brasil." Aponta o exemplo da construção naval, em que "Brasil e Portugal têm necessidades complementares".
Até ao fim de setembro, refere O Estado de São Paulo, "o governo de centro-direita, que tomou posse em junho no rastro de uma grave crise financeira, quer privatizar pelo menos as empresas EDP (geração de energia), REN (rede de distribuição de energia) e Galp (petróleo).".
A TAP, sublinha a publicação, deve abrir o calendário de privatizações do ano que vem. A empresa é hoje 100% estatal e tem a brasileira TAM entre as interessadas no negócio. Esta privatização vai ter uma condução especial porque o Brasil é a maior fonte de receita da companhia aérea portuguesa - no ano passado, a TAP transportou 1,4 milhão de passageiros entre o Brasil e a Europa.
por Xia Ren