Foi aprovado ontem (17) o plano de uma segunda rodada de assistência emergencial à Grécia. Líderes de 17 países da Zona do Euro participaram da cúpula especial sobre as dívidas gregas, realizada em Bruxelas, Bélgica. A notícia estimulou a confiança dos investidores e as principais bolsas de valores europeias fecharam em alta.
Segundo o pacote, os países da Zona do Euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) vão oferecer à Grécia o empréstimo de 109 bilhões de Euros, com juros de 3,5% e prazo de 15 a 30 anos. A taxa também foi aplicada nos casos semelhantes de auxílio para Portugal e Irlanda. Além disso, bancos, empresas de seguros e outras instituições privadas também vão participar do plano, com adesão voluntária ao projeto. Eles vão investir 37 bilhões nos próximos três anos.
No final de maio do ano passado, a Zona do Euro decidiu oferecer a primeira rodada de ajuda à Grécia no valor total de 110 bilhões de Euros. Comparada ao plano do ano passado, a assistência desta vez tem dois aspectos especiais: primeiro, o valor total do empréstimo é maior, a taxa de juros é muito baixa e o prazo de liquidação é mais longo. Isso ajuda a Grécia resolver completamente a questão de dívidas e evitar o risco de falência do país. Em segundo lugar, os investidores privados participam do pacote financeiro, assumindo juntamente os riscos.
A cúpula de ontem foi aberta sob grande pressão. Na resolução da questão grega, os países da Zona do Euro foram criticados de indecisão e falta de entusiasmo, agravando a crise. Um dia antes da reunião, 13 economistas europeus pediram conjuntamente que os líderes dos países relacionados tomassem ações decisivas para evitar a desintegração da Zona do Euro.
Na coletiva à imprensa após a cúpula, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse que a Europa finalmente encontrou uma boa maneira de resolver o problema grego. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, previu que a Grécia terá capacidade de pagar todas as suas dívidas. O primeiro-ministro grego, George Papandreou, também considerou que a Zona do Euro ajudou seu países a procurar o caminho do desenvolvimento sustentável. A presidente do FMI, Christine Lagarde, saudou o novo plano financeiro dizendo que é uma garantia suficiente para a estabilidade econômica da Grécia. Ainda de acordo com ela, o FMI continuará desempenhando seu papel na solução do problema do país europeu no futuro.
Nessa conferência, os 17 líderes europeus manifestaram uma rara união e determinação. A imprensa europeia avaliou a reunião como a salvaguarda da Grécia e do Euro. Com as altas dos índices das principais bolsas de valores europeus no mesmo dia, o mercado também mostrou a forte confiança e satisfação.
No entanto, alguns economistas apontaram que a participação de investidores privados no plano significa a reestruturação de divisas, e a Grécia será o primeiro país da Zona do Euro a violar os acordos de divisas. Alguns também consideram que a assistência emergencial só atrasa a falência da Grécia, e uma reestruturação radical da dívida grega é inevitável. Preveem ainda que a crise pode estender-se para a Itália, Espanha e outros "países essenciais" da Zona do Euro.
(por Dong Jue)