A sonda saiu de sua órbita lunar às 17h10 e levará 85 dias para chegar ao espaço, declarou a Administração Nacional de Ciência, Tecnologia e Indústria para Defesa Nacional (DCTIDN).
A sonda concluiu em 1º de abril todas as suas tarefas dentro de seu período de vida designado de seis meses.
Os cientistas decidiram permitir a realização de outras tarefas de exploração adicionais pois a sonda ainda conta com combustível de reserva.
Voar ao espaço exterior da órbita lunar é a tarefa mais importante entre as outras cinco tarefas adicionais, disse a administração.
"É a primeira vez que um satélite decola da Lua ao espaço exterior remoto", disse Zhou Jianliang, principal engenheiro do sistema de medidas e controle do Chang'e-2 do Centro de Controle Aeroespacial de Beijing (CCAB).
A exploração da Lua está a 400 mil quilômetros da Terra, mas a exploração do espaço a 1,5 milhão de quilômetros, o que representa enormes desafios à tecnologia do país em medidas e controle, telecomunicações, transmissão de dados e desenho de órbita, disseram os cientistas.
Antes da partida, o satélite tinha concluído duas tarefas adicionais até 23 de maio. Uma foi fotografar os pólos norte e sul da Lua. A outra foi descer novamente à órbita perilunar, a 15 quilômetros da área, para capturar imagens de alta resolução do Sinus Iridum ou da Baía dos Arco Íris, piso de aterrissagem proposto para futuras missões lunares.
Os cientistas esperam que o satélite possa continuar suas operações até o final do próximo ano.