Foi aberta hoje em Hainan a edição 2011 do Fórum Asiático de Boao. Marcaram presença na cerimônia o presidente chinês, Hu Jintao, o presidente russo, Dmitry Medvedev, a presidente brasileira, Dilma Rosseff, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, além dos primeiros-ministros da Coreia do Sul, Espanha e Ucrânia. Os líderes debateram temas em torno do Desenvolvimento Inclusivo.
Criado em 2001, o Fórum Asiático de Boao está completando dez anos de história. O evento tem papel destacado na construção de consensos, divulgação das posições asiáticas e na promoção de parcerias no continente, tornando-se um fórum econômico de extrema importância. O tema deste ano é desenvolvimento inclusivo: agenda comum e novos desafios. Participaram do evento cerca de 1.400 líderes, empresários e representantes de organizações internacionais de todo o mundo.
Em seu discurso, o presidente chinês, Hu Jintao apresentou cinco propostas. São elas: respeito às diferenças dos povos; promoção de amizade entre países vizinhos; transformação do modelo de desenvolvimento; compartilhar oportunidades e enfrentar desafios; promoção de segurança comum; e ampliação da cooperação regional. Ele disse:
"Os países devem ajudar um ao outro e enfrentar os desafios comuns para beneficiar os povos asiáticos."
Segundo Hu, a China tem priorizado a Ásia nas suas políticas ao exterior. O país persiste em princípios diplomáticos de amizade e parceria benéfica para incrementar a compreensão e confiança mútua.
Hu afirmou que nos próximos cinco anos, a China deve adotar estratégias abertas, explorar espaços e áreas novos, ampliar os interesses em comum e impulsionar a banlança comercial. Para ele, isso vai oferecer oportunidade de aumentar as exportações da Ásia e do Mundo para a China.
"A China irá adotar política de abertura e estimulará o investimento chinês no exterior nas áreas de infra-estrutura em prol da melhora das condições da vida local. Apostamos mais na Ásia e nos mercados emergentes. Ainda vamos aumentar a assistência econômica aos países asiáticos em desenvolvimento."
O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, pediu a inserção na integração econômica dos países da Ásia-Pacífico a fim de promover o equilíbrio do desenvolvimento econômico. Ele comentou o tema deste ano:
"É preciso promover a democratização das relações internacionais para pôr em prática o desenvolvimento inclusivo e estabelecer uma nova ordem política e econômica justa. O mais importante é fazer uma reforma no sistema financeiro global."
Para a presidente brasileira, Dilma Rousseff, enquanto toma medidas para conter a inflação, é preciso realizar crescimento econômico e desenvolvimento inclusivo. É impossível manter o crescimento econômico sem o desenvolvimento inclusivo.
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, considera importante reforçar a cooperação nas áreas de desenvolvimento sustentável e segurança energética.
"A ascensão dos países em desenvolvimento causou preocupação em algumas nações. Por isso, é preciso juntar as mãos para enfrentar oportunidades e desafios e consolidar a cooperação nos setores de desenvolvimento sustentável, mudança climática, segurança energética, comércio e finanças."