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Comunidade internacional não quer repetir tragédias de Afeganistão e Iraque na Líbia
  2011-03-23 16:52:19  cri

EUA, Reino Unido, França e outros países ocidentais continuam os ataques aéreos na Líbia, agindo segundo a resolução No. 1973 da ONU. Mas, esses ataques, apesar de terem fundamento jurídico, recebem cada vez mais oposição. Rússia, Turquia, Liga Árabe, União Africana e outros países e organizações condenaram os ataques e apontam que as ações militares desviaram a intenção inicial da ONU.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução No. 1973 no último dia 17, com conteúdo dividido em duas partes. Um ponto é estabelecer a zona de exclusão aérea na Líbia para restringir a ação de aviões das diversas facções em conflito e proteger os cidadãos. O segundo ponto é permitir o uso de todas as medidas possíveis para garantir a segurança do povo líbio. Ao mesmo tempo, a resolução claramente proíbe a entrada de tropas estrangeiras no território da Líbia por meio terrestre.

Analistas internacionais acham que a intenção da resolução da ONU é proteger a população e evitar uma calamidade humanitária na Líbia. Mas, aproveitando as brechas na resolução da ONU, os países ocidentais iniciaram ataques aéreos de grande escala contra a Líbia usando exagerada força armada.

De fato, a partir de 19 de março, os ataques aéreos iniciados por EUA, Reino Unido, França e outros países registraram grande escala e dimensão e ultrapassaram o limite apontado por outros países ocidentais. Em três dias, a França enviou 55 caças. Trípoli, a capital da Líbia, sofreu três rodadas de ataques aéreos. E tropas dos países ocidentais usaram armas avançadas para os ataques. Além disso, o comandante do quartel-geral das tropas norte-americanas na África, Carter Ham, assinalou que as tropas conjuntas vão ampliar a zona de exclusão aérea, que vai passar a incluir a capital Trípoili.

Segundo estatísticas oficiais da Líbia, os ataques militares, que já duram três dias, deixaram 64 mortos e mais de 150 feridos. E isso não condiz com a intenção, declarada pelos países ocidentais, de evitar uma calamidade humanitária. Analistas assinalam que, se for agravada a interferência militar dos países ocidentais, haverá mais mortos e feridos entre a população.

Cada vez mais países e organizações mostram preocupações e dúvidas sobre os ataques militares iniciados por países ocidentais. O secretário geral da Liga Árabe, Amr Mahmoud Moussa, afirmou que os ataques militares não correspondem ao objetivo de proteger a população e ultrapassam os limites de estabelecer a zona de exclusão aérea na Líbia. Segundo Jiang Yu, porta-voz da Chancelaria chinesa, a China opõe-se ao abuso do uso de forças armadas, pois isso trará mais mortes e feridos, além de aumentar as chances de uma calamidade humanitária. Rússia, Alemanha, Polônia, República Tcheca e Portugal declararam que não vão participar das ações militares contra a Líbia. União Africana, Irã e Venezuela condenaram aos ataques aéreos. A Turquia, que é integra a OTAN, disse que essas ações militares violam a Lei Internacional e que a resolução da ONU não deve resultar em guerra.

O conselho de Segurança da ONU tem uma reunião amanhã, na qual vai avaliar a situação da Líbia e a execução da resolução No. 1973. Analistas assinalaram que o uso de forças armadas sem prudência dificulta o fim dos conflitos e agrava a calamidade humanitária. Os EUA já iniciaram as guerras no Afeganistão e no Iraque e deixaram agitação no palco político desses dois países. Além disso, deixaram uma população sofrida e ameaçaram a paz e a estabilidade da região. Por isso, a comunidade internacional não quer repetir a tragédia do Afeganistão e do Iraque na Líbia.

Por Xia Ren

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