Um terremoto de 8,9 graus na escala Richter ocorreu ontem (11) na zona marítima do nordeste do Japão, o maior na história do país. O tremor causou um tsunami, deixando um grande número de vítimas. Após a calamidade, a comunidade internacional imediatamente ofereceu ajuda.
A imprensa japonesa informou hoje (12) que o número de mortos e desaparecidos no desastre já ultrapassou de 1.600 e uma grande quantidade de casas foi danificada. Além disso, o fornecimento elétrico e de água nas regiões afetadas pelas calamidades ainda continua suspenso. O sistema local de transporte ferroviário permanece fechado.
Hoje à tarde, houve barulho de explosões e saída de fumaça da 1º Usina Nuclear em Fukushima. O acidente deixou quatro feridos. Mais tarde, o governo japonês confirmou o vazamento de materiais radioativos da usina. Porém, segundo especialistas, o acidente não exercerá muita influência negativa ao meio ambiente.
As atividades de resgate estão em andamento. Até o momento, o governo japonês já enviou cerca de 20 mil pessoas para os trabalhos de resgate. O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, fez hoje uma inspeção de helicóptero às costas das cidades de Miyagi e Fukushima, e declarou que o número de pessoas enviadas às regiões atingidas pela calamidade aumentou para 50 mil.
Ao saber da grande quantidade de vítimas e perdas materiais causadas pelo terremoto, seguido de um tsunami, o governo e povo chineses se preparam para oferecer ajuda ao país vizinho.
Ontem (11), logo após o terremoto, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, telefonou ao seu homólogo japonês, Naoto Kan, para expressar, em nome do governo e povo chineses, suas condolências ao governo e povo japoneses. Ele ainda disse que a China está disposta a oferecer toda a ajuda necessária, inclusive o envio de equipes médicas e de resgate. O chanceler Yang Jiechi e o ministro da Defesa chinês, Liang Guanglie, também telefonaram aos seus homólogos japoneses para expressar condolências. Hoje, a Cruz Vermelha da China anunciou o oferecimento de ajuda emergencial de um milhão de yuans à Cruz Vermelha do Japão.
Os veículos de imprensa da China estão atentos ao desastre e têm acompanhado a situação. Em nome de todo o pessoal da Rádio Internacional da China, Wang Gengnian, diretor da entidade, expressou tanto na programação como no site da rádio em língua japonesa, condolências às vítimas da calamidade. Além disso, os chineses também têm expressado suas preocupações e condolências em microblogs e mensagens na internet.
Conforme a proposta do representante permanente da China na ONU, Li Baodong, o Conselho de Segurança da entidade fez um minuto de silêncio pelas vítimas da calamidade. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, salientou que a entidade vai fazer todo o possível para ajudar o povo japonês. Anterior a isso, a pedido do governo japonês, a ONU enviou quatro equipes de resgate às regiões atingidas.
A Comissão Europeia anunciou o início de um mecanismo de emergência para ajudar o Japão. França, Alemanha, Rússia e organizações internacionais como o Banco Mundial também declararam que vão oferecer toda a ajuda necessária ao país asiático. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que já tinha enviado porta-aviões para ajudar no resgate.
(por Shi Liang)