Durante a 41ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial, que está sendo realizada em Davos, na Suíça, foi organizado o seminário temático, "Influências da China para o Comércio e o Crescimento do Mundo". Este ano marca o 10º aniversário da entrada da China na OMC, a Organização Mundial do Comércio. No seminário, o ministro do Comércio da China, Chen Deming, sintetizou com dados concretos esta década percorrida pelo país. O secretário-geral da OMC, Pascal Lamy, afirmou que a entrada da China na OMC é o assunto mais significativo de benefício recíproco durante os 60 anos de história da organização.
Para Chen Deming, a entrada na OMC foi uma marca importante no percurso de reforma e abertura da China. Em 1978, o país decidiu aplicar a política de reforma e abertura, escolhendo um caminho adequado de desenvolvimento. Perante muitas dificuldades e desafios, o governo chinês ainda aceitou as regras do comércio multilateral, firmando compromissos em diversas áreas, como indústria, agricultura e propriedades intelectuais. A entrada na organização foi, sem dúvida, uma opção difícil, mas corajosa, feita pela China. Nos últimos dez anos, o país tem superado todas as dificuldades, tornando-se um parceiro maduro e responsável para outros membros da OMC. Neste período, a China revisou as leis e regulamentos, aprendeu a estabelecer o sistema comercial com regras de mercado e abriu cada vez mais áreas de serviços. A tarifa aduaneira média da China já foi reduzida, de 15,3% há dez anos, para 9,8% hoje.
Na opinião de Chen, a última década foi o período em que a China e o mundo compartilham a prosperidade e concretizam o benefício recíproco. Neste período, o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu mais de duas vezes, e o PIB per capita aumentou de US$ 800 para US$ 2,500 em 2009. Por outro lado, a integração da China no mundo ainda traz benefícios para outros países. No ano passado, as importações de mercadorias da China ultrapassarram US$ 1,4 trilhão, quase 10% da totalidade mundial. Durante os últimos dez anos, a China absorveu mais de 700 bilhões em capital estrangeiro. E as empresas estrangeiras, além de participar da construção chinesa, ainda compartilharam o crescimento do mercado chinês. Após entrar na OMC, a China ainda começou a investir no exterior. Dez anos atrás, os investimentos chineses no exterior não chegavam a US$ 1 bilhão, mas em 2010 a cifra se aproximou de US$ 60 bilhões.
Chen Deming ainda salientou que, na próxima década, a China vai persistir na política da abertura e proteger as regras multilaterais internacionais. Segundo ele, a China agradece à grande família da OMC, que aceitou o país. Os fatos já mostraram que esta foi uma opção correta. No futuro, a China vai priorizar o desenvolvimento comum e o benefício recíproco para que outros países se beneficiem da abertura do país.
Como representante da União Europeia, Pascal Lamy participou das negociações da adesão da China à OMC. Ele disse que, para entrar na organização, a China dedicou muitos esforços e altos custos. A adesão à OMC traz muitas influências a todos os setores da sociedade chinesa. Ele indicou que sem a China, esse sistema multilateral seria controlado por paises ocidentais.
Lamy ainda afirmou: "Dez anos atrás, muita gente duvidava da entrada da China na OMC. Mas agora, passados dez anos, os fatos mostraram que a China tem ganhado e o Mundo tem ganhado. Trata-se de um caso típico de benefício recíproco."
(por Shi Liang)