Os países membros da Otan, os chefes do Estado-Maior e representantes militares dos 66 países que integram as forças de coalizão no Afeganistão se reuniram nos dias 26 e 27 deste mês em Bruxelas, a fim de consolidar as metas definidas na Cúpula de Lisboa, realizada em novembro de 2010, e elaborar um plano de ação. Esse planejamento inclui formas de pôr em prática a estratégia de desenvolvimento da Otan nos próximos 10 anos, elaboração de planos pela Otan destinados às forças armadas de defesa e maneiras de garantir a segurança e estabilidade no Afeganistão após a retirada das forças de coalizão.
Na conferência realizada na tarde de ontem entre a Rússia e os chefes do Estado-Maior do conselho conjunto de Otan, as partes firmaram planos de trabalho das cooperações militares bilaterais. Segundo informações, elas vão estabelecer parcerias no Afeganistão nas áreas antiterrorismo, antipirataria, sistema de defesa antimísseis em zonas de guerra, entre outros. No entanto, ainda existem sérias divergências quanto ao estabelecimento de um sistema de defesa antimísseis europeu. A Otan sugere que ambas as partes estabeleçam seu próprio sistema, mas a Rússia insiste numa convergência de planos.
Após o encontro, Otan e Rússia divulgaram uma declaração conjunta, condenando o ataque terrorista ao aeroporto de Moscou e mostrando determinação no combate ao terrorismo.
Em agosto de 2008, a relação entre as duas partes chegou ao ponto mais baixo depois de iniciativa russa de enviar tropas à Geórgia. Após Barack Obama assumir a presidência norte-americana em 2009, EUA e Otan passaram a reajustar as estratégias para a Rússia. Embora a relação bilateral registre tendência de recuperação, as divergências entre as partes sobre interesses cruciais dificultam essa parceria. O conselho conjunto de Otan e Rússia é o único mecanismo de cooperação bilateral.
por Niu Xuan