A integração da China com o mundo vem se acelerando. O país tem se dedicado à promoção de uma diplomacia multidimensional e à construção de uma ordem mundial mais justa e razoável. Nos último cinco anos, a China foi sede de grandes eventos diplomáticos. Líderes chineses visitaram diversos países e frequentaram numerosos congressos internacionais para discutir cooperações regionais e bilaterais, formas de lidar com a crise financeira e de promover a reforma do sistema econômico internacional.
Durante esse processo, a China tem buscado promover de diversas formas as amizades e parcerias com países vizinhos, em desenvolvimento, desenvolvidos e com organizações internacionais. A diplomacia multidimensional é a linha principal da diplomacia chinesa. De acordo com o chanceler da China, Yang Jiechi, as relações com os EUA mantiveram desenvolvimento estável, enquanto as relações estratégicas e parcerias com a Rússia cresceram. Com Europa e Japão, esse relacionamento foi ampliado e aperfeiçoado. As cooperações com os países vizinhos foram ainda mais aprofundadas, tanto quanto com países emergentes como Índia, Brasil e África do Sul.
Tais fatos revelaram que a diplomacia chinesa está se desenvolvendo em vários aspectos, com vistas ao desenvolvimento pacífico, à abertura ao exterior e ao benefício mútuo. A diplomacia multidimensional reforça os intercâmbios entre a China e os diversos países, assim como as cooperações práticas.
Para o chanceler Yang Jiechi, a promoção das parcerias explica, de alguma forma, a busca da China. Beijing não luta só por seus interesses, mas também por uma maior representatividade dos países em desenvolvimento no cenário internacional. A China sonha com uma ordem mundial mais junta e razoável.
A intensificação das cooperações entre China e EUA é um dos assuntos diplomáticos mais falados do mundo. O relacionamento entre os dois maiores pólos econômicos mundiais se desenvolveu de forma estável nos últimos cinco anos. Apesar disso, essa relação tem sido conturbada. Por um lado, os líderes de China e EUA estabeleceram relações positivas e cooperativas para século 21. As duas partes também concordam com necessidade de construir relações estáveis de parceria para lidar com desafios comuns. No entanto, chineses e norte-americanos divergem em vários assuntos.
Yang Jiechi pondera que as relações entre China e EUA são de benefício recíproco, num jogo onde os dois são vencedores. A globalização econômica aproximou os interesses de ambos os países, segundo o chanceler chinês, que defende o esforço conjunto como forma de estender a parceria de benefício recíproco a outras áreas.
Na diplomacia multidimensional da China a relação com os países asiáticos, especialmente os mais próximos geograficamente, sempre ocupou posição prioritária. Nos últimos cinco anos, esse relacionamento progrediu nos aspectos político, econômico, de segurança, intercâmbio humano e cooperações regionais. Yang afirmou que, "como membro da grande família asiática, a China insiste no princípio da boa vizinhança e da parceria. Ao lado de outros países, a China construirá uma Ásia pacífica e estável com igualdade, confiança, cooperação e benefício mútuo".
Questionado sobre o futuro da diplomacia chinesa, Yang Jiechi mostrou otimismo e confiança, apesar dos fatores incertos que rondam o cenário internacional. Para o chanceler, existem mais oportunidades e do que desafios pela frente. A China está se desenvolvendo, razão pela qual outros países querem cooperar e fazer intercâmbios com ela. A multipolarização e a globalização estão ganhando espaço rapidamente. Yang ressaltou que, nos próximos cinco anos, a situação global vai se manter estável de forma geral, mas cercada de fatores indeterminados. Ele alertou para os desafios previsíveis e imprevisíveis, mas disse estar planamente confiante na diplomacia chinesa.
Por Xia Ren