A 3ª reunião ministerial do Fórum para Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa foi aberta nesta manhã (13) em Macau. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, discursou na abertura. Estavam presentes chefes de Estado e de governo e representantes dos setes países de língua portuguesa (Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste).
No discurso, Wen Jiabao fez um retrospectiva dos êxitos obtidos nas cooperações entre a China e os países de língua portuguesa desde a criação do fórum em 2003.
"Em 2003 quando o fórum foi criado, o comércio entre a China e os países de língua portuguesa era de apenas US$ 10 bilhões. Mas, em 2007, já saltou para US$ 77 bilhões. Nos primeiros nove meses deste ano, o volume comercial entre os dois lados atingiu US$ 68,2 bilhões. Isso representa uma alta de 57% em relação ao mesmo período do ano passado. Agora, produtos como café, castanha e vinho dos países de língua portuguesa estão na mesa dos chineses. E os produtos de uso diário da China também enriquecem o mercado destes países."
Criado em 2003 em Macau, o fórum visa reforçar os intercâmbios e cooperações econômicas e comerciais entre a China e os países lusófonos. E, com o papel de plataforma desempenhado por Macau, promove o desenvolvimento comum da China, dos países de língua portuguesa e de Macau.
Até o fim de 2009, os países lusófonos criaram mais de 700 empresas na China, com investimento total de US$ 500 milhões. Após a criação do fórum, o investimento chinês nos países lusófonos já ultrapassou US$ 1 bilhão. Além disso, a China ainda ofereceu apoio financeiro de 3,56 bilhões de yuans a Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste. O premiê Wen apontou que, de 2010 a 2012, as instituições financeiras da China vão criar um fundo de US$ 1 bilhão para as cooperações entre a China e os países de língua portuguesa. Ele disse ainda que o governo chinês vai oferecer empréstimos preferenciais de 1,6 bilhão de yuans aos países lusófonos. Para Wen, as cooperações comerciais entre os dois lados merecem maior desenvolvimento.
O presidente da Agência para Investimento e Comércio Exterior de Portugal, Basílio Horta, disse à nossa rádio que o governo português presta alta atenção ao fórum e que possui boas expectativas sobre os êxitos do evento.
"Achamos que o fórum tem significado duplo. No aspecto político, o fórum vai reforçar intercâmbios entre o governo de Portugal e da China. No aspecto econômico, as empresas portuguesas que participam do fórum não são muitas, mas são as melhores de áreas como telecomunicação, energia e tecnologias de informação. Essas empresas são muito importantes para o desenvolvimento econômico de Portugal."
Durante mais de sete anos, desde a criação do fórum, Macau tem verificado o aumento rápido do comércio entre a China e os países de língua portuguesa. E Macau, com vantagens como língua, posição geográfica e ambiente comercial, desempenha o papel de "ponte". He Yicheng é membro do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional da China e vice-presidente da Comissão Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). Ele manifestou confiança no futuro de Macau.
"Desde a sua criação, o Fórum vem avançando com passos firmes. Desta vez, a presença do premiê Wen Jiabao mostra o reconhecimento pelo governo central do trabalho do governo de Macau. Também mostra o apoio ao papel de plataforma da região nas cooperações entre a China e os países lusófonos."
(por Shi Liang)