O presidente chinês, Hu Jintao, parte amanhã (4) de Beijing rumo à França, iniciando visita oficial ao país europeu. Para especialistas chineses, a viagem de Hu Jintao deve influenciar de forma considerável as relações sino-francesas, além de atingir o nível mais elevado da aproximação entre China e Europa, que têm mantido contatos frequentes nos últimos tempos. A atitude pragmática e flexível que a China mostrou ao tratar das relações com outras potências também chama bastante a atenção mundial.
A primeira visita de Hu Jintao à França foi em 2004. Na ocasião, o líder chinês firmou com o então presidente francês, Jacques Chirac, um documento anunciando o estabelecimento de uma plena parceria estratégica entre os dois países. Passados seis anos da primeira viagem, a segunda visita de Hu Jintao ao país europeu desperta novamente a atenção global. Para Feng Zhongping, diretor da Faculdade da Europa, do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas, esta visita tem muita importância para as relações sino-francesas, que viveram altos e baixos nos últimos dois anos. A influência, entretanto, não se limita ao âmbito bilateral.
"Depois da visita aos franceses, Hu Jintao vai à Coreia do Sul participar da cúpula do G20, cuja presidência rotativa passará para a França. O país europeu tem muitas ideias novas sobre o desenvolvimento do G20. A visita de Hu deve tocar não apenas nas relações com a França, mas também nas cooperações sob o contexto do G20 e nos assuntos internacionais", analisou Feng.
Em abril passado, o líder máximo francês, Nicolas Sarkozy, esteve na China para uma visita oficial. Um dos consensos que alcançou com líderes chineses na época foi a construção de uma relação sino-francesa madura, estável e voltada ao mundo. Para Feng Zhongping, uma relação "voltada ao mundo" visa ressaltar o papel da China e da França nos assuntos internacionais, constituindo o conteúdo estratégico das relações sino-francesas. A França foi o primeiro país ocidental que estabeleceu relações diplomáticas com a China. Os líderes de ambos os países sempre vêem as relações bilaterais em um âmbito global.
"Os líderes dos dois países dão sempre muita atenção à preservação das relações bilaterais. Isso deve ser valorizado no futuro", disse Feng.
Na opinião do especialista chinês, a visita de Hu Jintao vai levar adiante as relações bilaterais com base nos consensos alcançados em abril deste ano. A vice-chanceler chinesa, Fu Ying, revelou dias atrás que a visita de Hu visa incrementar o conhecimento e a confiança mútua, promover a igualdade e o respeito entre grandes potências, ampliar cooperações comerciais, além de aprofundar o entendimento das posições nas questões globais.
A visita do líder máximo chinês à França vai levar ao nível mais elevado as relações entre China e Europa. De acordo com Feng Zhongping, o bom andamento dos diálogos com França, Alemanha e Reino Unido, importantes países membros da União Europeia, simboliza a boa expectativa dos laços entre China e Europa. Entretando, conflitos também foram observados no processo. Para Feng, a China deve ter postura atitude ativa ao enfrentar o fato, pois é inevitável para qualquer país que em rápido crescimento.
"Devemos ampliar os interesses comuns com outras potências. Também por isso, a China deve reforçar comunicações com o exterior, formando uma interação que abrange a política, economia, cultura, ciência e tecnologias com o resto do mundo", opinou Feng.
(Por Zhu Wenjun)




Envie para um amigo












