A China está preparada para lançar em outubro o seu segundo satélite lunar Chang E-II. O satélite será lançado ao espaço a partir da base espacial de Xichang, na província de Sichuan, no sudoeste da China. O CRI enviou repórteres ao centro para acompanhar esse momento.

O Centro de Xichang, construído em 1970, é a maior base de lançamento da China, com a capacidade e as tecnologias mais avançada do país. Segundo Mao Wanbiao, engenheiro e coordenador dos testes do satélite Chang E-II, está tudo pronto para o lançamento.

"Todos os testes no centro de lançamento foram concluídos. Verificamos o satélite, o foguete e a plataforma, estão todos em bom estado. Todos os técnicos estão preparados para o momento final. O mais importante do trabalho atual é o abastecimento de combustível, que garante o sucesso do lançamento. Vamos lançar o foguete no horário previsto e garantir que ele seja bem sucedido."

Cao Bing, que trabalha na base de lançamento há 23 anos, é responsável pelo abastecimento de combustível do foguete. Ele, que é muito introvertido, mostrou empolgação ao falar do Chang E-II.

"Os sinais que testamos estão normais. A próxima missão é o abastecimento. Antes, temos de ajustar a temperatura do combustível segundo as condições meteorológicas, de forma a atender a demanda do propulsor do foguete."

O primeiro satélite lunar chinês Chang E-I foi lançado à órbita da lua em 24 de outubro de 2007, dando início ao projeto chinês de sondagem lunar. Na comparação com o Chang E-I, o satélite que está para ser lançado é mais avançado tecnologicamente e dotado de sistemas mais complexos. A missão dele é fazer testes para a segunda fase da pesquisa lunar desenvolvida pela China, que inclui a aterrissagem na lua e será feita pelo Chang E-III. O Chang E-II vai fotografar a área do futuro ponto de aterrissagem com uma máquina de alta resolução. Mao Wanbiao explicou como será o vôo do satélite.

"Diferente do primeiro lançamento, o Chang E-II será alçado diretamente à órbita lunar ao invés de circundar a Terra. Esse modelo vai economizar a energia consumida no voo do próprio satélite e canalizá-la aos testes científicos."

No final da entrevista, Mao Wanbiao expressou suas expectativas quanto ao lançamento.

"Depois de tanto tempo de trabalho duro, acredito que as tarefas da próxima etapa serão cumpridas. Temos que fazer tudo com o máximo cuidado e elaborar planos preventivos. Graças à organização e a ações coordenadas, creio que cumpriremos a missão de lançamento através de uma operação cuidadosa e delicada."