A China e a União Europeia (EU) têm potencial para um aumento substantivo dos investimentos bilaterais, considerando que o nível atual de investimento não consegue atender às necessidades de ambos os lados, disse um funcionário.
Os investimentos da União Européia na China representam apenas 2 a 3% de seus investimentos globais, disse Serge Abou, embaixador da UE para a China, em um discurso na conferência de parceria de negócios China-UE realizada segunda-feira no pavilhão belga da Expo Mundial de Shanghai.
"Nós não podemos ficar satisfeitos com esses dados, considerando que a China é um parceiro especial da UE e que a China representa de 7 a 8% da economia mundial", disse Abou.
Além disso, os investimentos da China (excluindo investimentos financeiros) na UE também foram pequenos, representando apenas 1% do investimento externo total, destacou Abou.
Liu Yajun, diretor geral do Departamento de Investimentos Estrangeiros do Ministério do Comércio, disse que a UE trouxe investimentos de qualidade por anos à China em áreas como telecomunicações, medicina, energia nuclear e transporte ferroviário.
Abou disse que a legislação sofisticada e os padrões de qualidade da Europa talvez sejam importantes razões para que a UE não seja atraente para os investidores chineses, mas disse que o continente está aberto aos investimentos.
A China busca mudar seu padrão de crescimento econômico para um modelo mais verde e sustentável, disse Liu Yajun, acrescentando que a China receberia investimentos da União Europeia em alta tecnologia, serviços e indústrias poupadoras de energia.
"A China atribui grande importância às opiniões dos investidores", disse Liu, afirmando ainda que o país continuará com sua política de reforma e abertura enquanto trabalha para construir um ambiente mais justo e transparente para os investidores.
(Agência Xinhua)