A estudante universitária Zhu Lin, de 20 anos, assinou um formulário especial declarando que concorda em doar seus órgãos após a morte.
Zhu Lin disse que está orgulhosa de ser uma pioneira no projeto piloto, lançado recentemente em três cidades da Província de Zhejiang, no leste do país, para legalizar a doação voluntária de órgãos de pessoas falecidas.
Os moradores de Hangzhou, Ningbo e Wenzhou agora podem se inscrever, por vontade própria, para doar seus órgãos após a morte. A Sociedade da Cruz Vermelha da China, principal patrocinador e organizador, vai supervisionar todo o processo desde a doação até a distribuição.
O projeto piloto em Zhejiang é o mais recente movimento de uma campanha nacional que visa aliviar a séria escassez de órgãos e pôr fim ao status confuso das doações de órgãos na China.
A China se tornou o segundo maior país em doações de órgãos, atrás apenas dos Estados Unidos, disse Yang Jing, chefe do departamento provincial de saúde de Zhejiang.
Mas a falta de reconhecimento legal e sistema regulatório resultou em uma grave escassez de doadores legais de órgãos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, dos 1,5 milhão de pacientes chineses à espera de um transplante a cada ano, somente 10 mil, ou 0,67%, conseguem receber o órgão de que necessitam.
Especialistas esperam que o novo sistema, em fase de testes, possa aumentar a rede de doadores e reduzir a necessidade de recorrer a fontes ilegais de órgãos para transplante.
(xinhua)